sábado, 7 de dezembro de 2013

POR CAMINHOS DO ALTO ALENTEJO"

Por caminhos sem fim!...
Desde a Ponte Marechal Carmona!
sobre o Rio Tejo, em Vila Franca de Xira
pela Estrada Nacional 10, direcção Porto Alto,
Algumas das localidades por onde passei
em viagens de trabalho, no Alto Alentejo
Passando por Terrugem e Vila Boim.

Porto Alto e S. Gabriel
Taitadas e vendas Novas
Montemor-o-Novo
Évora e São Mansos
 Monte do Trigo e Portel
 Alqueva e Montoito
Alter do Chão e Montargil
Ponde de Sôr e Galveias
Castelo de Vide
 Alpalhão e Gáfete
Crato e  Cabeço de Vide
Portalegre e Alegrete
 Arronches e Barragem do caia
Campo Maior e Degolados
Monforte e Santa Eulália
Sousel, Cano e Casa  Branca
Veiros, Mora e Pavia
Arraiolos e Vimieiro
 Avis, Fronteira e Nisa.
Évoramonte e Redondo
Estremoz,  Borba e Vila Viçosa
Alandroal e Jeromenha
Elvas e Vila Fernando!
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

"VIAGEM AO BAIXO ALENTEJO"

Fui a Messejana!
No Baixo Alentejo
Pela ponte Vasco sa Gama
Passei o Rio Tejo.

Fui à feira de Castro
Passei por Ourique
Vi o Anastácio
Abraçado à Judite.

De Almodôvar
Caminhei para Mertola
Para a cidade de Andovar
Se mandou a Roberta.

De Garvão
Fui para a Funcheira
 Estava um calorão
  Foi no tempo da ceifa.

De Santa Luzia
Para o Vale de Santiago
À sombra dum chaparro
Descansava a Maria.

Das Fornalhas Velhas
Segui para Alvalade Sado
Vi um rebanho de ovelhas
A pastarem lá no prado.

De Grândola
 Para Alcácer do Sal
Vi na monda
As moças no arrozal.

Na Marateca
Parei para almoçar
De vinho bebi uma caneca
Continuem a caminhar.

De Águas de Moura
Segui para Setúbal
Nas mãos duma garota
Vi um lenço azul.

Do Laranjeiro
Fui para Cacilhas
Estava o pasteleiro
A enfeitar rosquilhas.

Para o Terreiro do Paço
Viajei num cacilheiro
Transportava num saco
Papo-secos o padeiro.

Subi a Avenida da Liberdade
Cheguei ao Marquês de Pombal
Para mais austeridade
Está a Tróika em Portugal
Irra! tanta vontade
Têm de nos fazer mal!
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 1 de dezembro de 2013

(DIZ O AVARO)

Levando um velho avarento
Uma pedrada num olho,
Pôs-se-lhe no mesmo instante
Tamanho como um repolho.

Certo doutor, não das dúzias
Mas sim médico perfeito,
Dez moedas lhe pediu
Para o livrar do defeito.

«Dez moedas!  (diz o avaro)
Meu sangue não desperdiço:
Dez moedas por um olho!
O outro dou eu por isso!

Se o Bocage ainda vivesse
O que diria ele de tanta roubalheira
Gritaria para que alguém o ouvisse
Sem dizer nenhuma asneira!

No lago com a tartaruga
Respondeu, não hesitou
Quando a Rainha lhe perguntou!
O que o ele estava a fazer, nada puta!