quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

"ZÉ DA FISGA"

Já reparado o farol esquerdo,
aqui à geringonça estou voltando
falta ainda reparar o farol direito
da reparação estou gostando!

Na aldeia ao Zé da fisga chamavam maluco,
ele respondia, sou maluco mas não sou parvo
sou contra todos aqueles que vivem com tudo
à conta do trabalhador, por eles, explorado!

Desta, aqui,  me lembrei agora,
para a qual penso haver solução
por não ser nenhum disparate
 bem inventado foi o jogo de bola
porquanto, nenhum maluco bate
de propósito com a tola no chão!

 Celeiro desta nação,
Alentejo foi outrora
 será que se foi embora
zangado com a revolução?

A ditadura não sabendo bem,
 como lidar com a democracia
no mundo quem a barriga cheia tem
não se lembra de quem a tem vazia!

Não sendo só de agora,
desde sempre assim terá sido
não estaria falando d'outrora
se daqui já tivesse partido!

Todavia, disso estou convencido,
 com o que outros outrora não tinham
este mundo como está sendo destruído
de que bons ventos não se avizinham!
(Edumanes)

14 comentários:

  1. Acredito que bons ventos não se avizinhem... Mas acredite que o seu poema é de nota 20 :))

    Hoje:- Silenciada nas águas do rio.
    .
    Bjos
    Votos de uma feliz Quinta-Feira.

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  2. Boa tarde!
    Fascinante poema!!

    Beijo e um excelente dia

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  3. Uma poesia sempre certeira!

    Continuação de boa quinta-feira*

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  4. Grande tirada poética sim senhor. Tem pelo meio política, tem economia, tem humor, não falta nada.
    E gostei de rever o Zé da Fisga que há muito tempo não via.

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  5. Gostei de ler. Não pense nisso. Não leu hoje o Tintinaine. A Esperança é a última a morrer. Então vamos esperar que as coisas vão para melhor.
    Abraço

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  6. Esperemos que seja como a Elvira Carvalho diz.
    Mas lá que assusta, lá isso assusta.
    Aquele abraço, bfds

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  7. Ainda bem que a revisão que fizeste ao farol esquerdo correu bem, vamos esperar que o mecânico acerte em cheio no farol direito!
    Esse Zé da fisga é um sortudo, apontou e acertou no coração dessa bela passarinha.

    Tudo de bom para ti meu amigo, vai o meu abraço.

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  8. Ainda bem que, pelo que noto, está a correr bem a «reparação»...

    Bj

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  9. Olá Eduardo! passando para me deliciar com a leitura deste teu belo poema, com ênfase para a estrofe abaixo:

    A ditadura não sabendo bem,
    como lidar com a democracia
    no mundo quem a barriga cheia tem
    não se lembra de quem a tem vazia!

    Pura verdade! Atitude que se vê no mundo inteiro.

    Abraços,

    Furtado

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