quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

!ELEITOS PARA DESTRUÍREM!"

Vai, mísero  cavalo correndo
nos campos sem pastoreio
se aproxima ano azarento 
Para destruir Portugal, veio
com inicio no parlamento
aprovado pela maioria
que decide sem argumento
Eleitos à revelia...
colocados sem conhecimento
muitos deles sem sabedoria
Vão dormir para o parlamento
eleito para distrito que não conhecia
conforme interesses que neles votam
aprovam orçamentos sem valia
nas mãos do presidente o botam
que mandá-lo analisar deveria
No século XXI, moram
em Belém, Cavaco e Maria
 o Coelho em são Bento
ele e o presidente o povo enganaram
desejo para eles igual tratamento
como aquele que ao povo causaram

domingo, 9 de dezembro de 2012

"CRIANÇA INSATISFEITA ESCREVEU AO PAI NATAL!"

Que este ano...não aconteça
como a 26 de Dezembro de 2011, aconteceu 
escreveu ao pai Natal...uma criança insatisfeita
a reclamar a bicicleta nova pometida...
  com ela, pai Natal...não apareceu
Que este ano...a criança, nela esteja
no dia 26 de Dezembro, a pedalar
que mais  não aconteça.
O pai Natal, as crianças enganar
por não ter cumprido,
a uma criança prometeu
uma nova bicicleta...
mas, com ela não ter aparecido
com uma  carta se manifesta
pelo triste acontecido...
desiludida...a criança ficou a chorar
por o Pai Natal lhe ter mentido
a criança nele desacreditar.
Uma carta, a chorar lhe escreveu
por que tinha sido enganada
pela chaminé não desceu...
nem na sala foi deixada
como tinha prometido, 
a criança ficou revoltada...
Do pai Natal...triste se despediu
o mandou...para longe dela ficar
por que pai Natal lhe mentiu,
só existe para criança enganar?
Este ano te vou deixar um aviso...
não te esqueças de quando voltares
Pai Natal...só em ti acredito
se a bicicleta nova deixares
como foi, por ti, prometido!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"FORNALHAS VELHAS A MINHA ALDEIA!"

Não posso e não devo esquecer
a pequena aldeia onde nasci
estas palavras me lembrei de as escrever
para dizer que foi onde vivi
os melhores anos da minha juventude
foi no Alentejo que os perdi?
Digo que os perdi
por que nunca mais os encontrei,
contudo, não estou arrependido
naquele ou em qualquer outro lugar
onde já vivi, agora vivo aqui
enquanto por cá andar
e por onde tenho andado
de nada e nunca me arrependi
dos bons e menos bons momentos estou lembrado
foi nela a pensar que estas palavras escrevi!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"O BANQUETE!"

Para uma festa da alta sociedade fui convidado
para animar as senhoras e os senhores
a todos os outros convidados  fui apresentado
com os meus versos populares, simples, rimadores
Assim comecei a rimar...Vejo tanta  fartura neste banquete
tanta canalha que não trabalha, mas muito tem para comer
trabalha o povo a para a canalha, e come a açorda sem azeite.
Pensavam eles que com a minha humildade os iria divertir
depois de terem ouvido a seguinte rima, diz o convidador
estás dispensado... poeta conspirador, podes sair
vai-te embora...vagabundo estupor
não sabes o que estás p'raí  a dizer.
Minha presença os incomodava...
meus versos populares jamais os fazia rir
a canalha, para os banquetes me convidava
para com as minhas simples rimas os divertir...
 meus poemas...contras suas ideias não agradaram
simples versos ditos a rimar não os animou
por dizer as verdades, do banquete me expulsaram
a canalha que come por canta de quem trabalha
a comer e a beber no banquete lá ficou!
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 4 de novembro de 2012

"AO NASCER DO DIA!"

No Alentejo
junto ao Rio Sado
a pastar no brejo
andava um cágado.

Vi a arvela
e a cotovia
armei a esparrela 
ao nascer do dia.

Numa árvore pousado
o estorninho 
no céu azulado
o torto a voar
a rola no seu ninho
e o caco a cantar.

O pisco muito zangado
apareceu o picanço 
encostei-me ao cajado
fiquei no descanso.

A subir o caracol
vinha muito irritado 
à água lancei o anzol
pesquei um sardo.

A seguir o papa figo 
na água uma pardelha
vi a caminho da eira
uma carroça carregada de trigo
puxada por um parelha!

sábado, 3 de novembro de 2012

"SEM ÁGUA NA FONTE!"

Esperança de falsa promessa
antes feita na incerteza
desbravada charneca
contra as leis da natureza.

Feita com vontade
de poder subir ao monte
sem água fonte
longe da realidade.

Mar profundo
sacrifício prolongado
barco parado no fundo
em todo o mundo habitante
português noutro país emigrado
da sua pátria distante!

sábado, 27 de outubro de 2012

"RETRATO DE FAMÍLIA!"

Fala de mansinho Gaspar
Arrogante o Coelho
Cínico Portas exaltar
Cavaco dá conselho.
A saúde a piorar
Falta na Educação
Na Defesa Aguiar
Segurança Social vacilante
Economia a cair
Relvas irritante
Segurança Interna ameaça
Para o pagode acalmar
Cristas elegante.
Na oposição
Diz Jerónimo
O povo está com fome
Deste governo  pandemónio
O socialista Seguro
quer ficar bem na fotografia
A dizer aparece Louçã
Isto é um ataque à democracia!

domingo, 14 de outubro de 2012

"A FORMIGA E A CIGARRA!"

O povo as formigas
os políticos as cigarras
cantando suas cantigas
ao povo deitando as garras.
Num vai e vem sem parar,
as formigas todo o ano
para o armazém a carregar
sempre trabalhando,
e a cigarra sem se preocupar
a cantar todo o ano!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

"NO PENSAMENTO DA REALIDADE!"

Tantos anos se passaram
muito ficou por fazer
vários caminhos se trilharam
muita gente sem pão para comer.

Neste mundo habita gente ingrata
que vive para o mal fazer
com filosofia barata
só mentiras sabe dizer.

Sem saber o que quer
a qualquer um mal faz
em tudo tenta meter a colher
provocando a guerra, afastando a paz
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

"A DOR QUE A MINHA ALMA TEM!"

Vaga, no azul  amplo solta,
vai uma nuvem errando.
O meu pensamento não volta.
Não é o que estou chorando.

O que choro é diferente. 
Entra mais na alma da alma.
Mas como, no céu sem gente,
a nuvem flutua calma.

e isto lembra uma tristeza
e a lembrança é que entristece,
deu à saudade a riqueza
de emoção que a hora tece.

Mas, em verdade, o que chora
na minha amarga ansiedade
mais alto que a nuvem mora,
está para além da saudade.

Não sei o que é nem consinto
à alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto,
dor que a minha alma tem.
(Fernando Pessoa)