quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

"BARCO À VELA"

Uns contra os outros,
vai dar muito que falar
se contra os minhotos
o leão, hoje, se esbarrar!

Os minhotos do norte,
mais para cima da invicta 
sem habilidade não há sorte
alguém descontente grita?

Fomos prejudicados,
devido à má arbitragem
anulou golos marcados
a favor da pilantragem!

Acusações aos árbritos,
será um acto doentio
se pelo ânus saíssem tacos
não poluíam a água do rio?

Se deslizando sobre ela,
mais leves do que o chumbo
navegando como barco à vela
aldrabices não vão ao fundo?
(Edumanes)

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

"NOITE DE LUAR"

Estou aqui pensando,
carago, ouvindo falar
em silêncio escutando
o que não devo divulgar!

Não sendo proibido,
amar quem não nos ama
humilde não atrevido
perdido no mundo anda!

foi numa noite de luar,
deitada na cama toda nua
para com outro se deliciar
a sua amada o pôs na rua!

Da cama foi corrido,
encontrado a vaguear
no Rua do Escondido
sem ter onde pernoitar!

Pela realidade convencido,
não atirou pedras no telhado
porque tinha telhas de vidro
de noite viu o céu estrelado!
(Edumnes)

domingo, 28 de janeiro de 2018

"NO BALOIÇO SE BALOIÇANDO"

O que mais me entristece na vida,
 pensar que irei para onde não quero
deste mundo sem mais ver a luz do dia
 sem a poesia, prisioneiro no inferno!

Também só de pensar me incomoda,
sem alternativa, dela livrar-me não consigo
caminhando até aqui sem nunca ter feito batota
penso que não merecia tão cevero castigo!

Dizem que é uma viagem para o paraíso,
 não sendo nada disso que estou pensando
mas eu cá  continuo a não estar convencido
 pressinto de que algo me está enganando?

Já falei com os meus botões,
os quais não me responderam
em silêncio as suas opiniões
não ruidosas me entristeceram!
(Edumanes)

sábado, 27 de janeiro de 2018

"FRANGO NO CHURRASCO"

Depois do pôr do sol,
sem a sua clareira
hoje à noite há futebol
no Estádio da Pedreira!

Pois eu vou torcer,
a favor do Vitória
o qual irá vencer
com prestígio e glória.

Isto é o que eu penso,
não sabendo se assim será
com um a zero me contento
a favor do Vitória claro está.

 Vendo, até parece que já estou,
 um frango para o jantar de Rui Patrício
 porque a baliza da bola não se desviou
  não diga Bruno depois que foi feitiço!
(Edumanes)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

"ANO 1965, MÊS JANEIRO"

Não vivendo com a ansiedade,
vivo ainda estou neste mundo
saímos de manhã e não à tarde
de Vila Cabral para o Rio Lunho!

Muitos anos já lá vão,
bem me lembro desse dia
das nuvens naquele chão
 cair muita água, eu, via!

A seguir a Nova Coimbra,
a GMC na picada se atolou
carregada de mantimentos
como foi me lembro ainda
se prendeu numa árvore
o cabo do guincho rebentou
sem nos causar ferimentos!

Cientes da realidade,
a malta não desanimou
com esforço e habilidade
tendo sido ao fim da tarde
que a GMC  se desatolou!

 O padeiro do pelotão,
era eu, havia farinha
forno para se coser pão
no atasqueiro não tinha!

 Acendi, eu, uma fogueira,
no alguidar amassei a farinha
fiz filhozes numa frigideira
pão para comer não tinha!

A malta não esmoreceu,
a juventude tudo vencia
disso bem me lembro eu
hoje o digo com alegria!
(Edumanes)

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

"CAMINHANDO"

Com a esperança dorme,
de noite na cama a sonhar
para se desviar da má sorte
em vida juntos a caminhar!

Disparar a espingarda à toa,
sem pretender espingardar
ferir esta vida que é tão boa
isso seria um louco disparatar!

Quem do século XX vem andando,
vê no século XXI crianças com fome
dos seus olhos lágrimas chorando
enquanto a esperança não morre!

A quem precisou deram precioso carinho,
porquanto, pela vida continuam apaixonados
 ao lado um do outro seguindo o seu caminho
desejos perdidos jamais serão recuperados!
(Edumanes)

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

"BOCAGE"

José Maria Barbosa du Bocage, para todas as perguntas tinha, sempre, a resposta na ponta da língua Bocage, uma noite com os seus pensamentos vagueava por uma rua em Lisboa, ao cruzar-se com um meliante, o qual lhe apontou uma pistola à cabeça perguntando: Bocage de onde vens e para onde vais, Bocage, prontamente, respondeu. Venho do Café Nicola irei para o outro mundo se dispares essa pistola. . .

Viver não custa, o que custa é saber como viver???

Para todas e todos, seguidoras e seguidores, comentadoras e comentadores deste blogue desejo um bom dia e, se possível evitem encontros desagradáveis. Se conduzirem veículos automóveis, façam uma condução defensiva e não ofensiva. Porque mais vale perder um minuto na vida, do que perder a vida num minuto!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

"NAS BORDAS DO CAMINHO"

Dei um ai entre dois montes, responderam as montanhas,
quando no mês de Outubro, no Alentejo, fui à feira de Castro,
nas bordas do caminho um castanheiro carregado de castanhas
 até transbordar, deram para encher mais de um canastro!

Cruzei-me com uma moça morena,
a qual para mim de esguelha olhou
quando vi caída no chão uma pena
dos olhos uma lágrima se libertou!

Em cima da pena foi caiu,
estatelada junto dela ficou
nunca mais ninguém a viu
se calhar o vento a levou?

O passarinho lá voltou,
em busca da sua pena
quando a viu contente ficou
nas mãos de moça morena.

Lá estava a bela garota,
sentada em cima dum torrão
vestida tinha a blusa rota
no peito junto do coração!

Que lhe a devolvia,
a bela moça prometeu
 ao som de uma melodia
o passarinho agradeceu!
(Edumanes)

domingo, 21 de janeiro de 2018

"BAÍA DE LUANDA-ANGOLA"

Angola, após 25 de Abril de 1974. Dois patrícios dialogando. Dizia um para o outro. Ós patrício, agora os Angola vais ficar esporreiro com os democracia. Os preto vai poder sentar na mesma mesa dos branco, deitar na mesma cama com os branco, tomar banho na mesma banheira com os branco! Perguntou o outro? Ós patrício isso já aconteceu contigo? Não ós patrício. Aconteceu com os minha mulher!!!
(Edumanes)

sábado, 20 de janeiro de 2018

"COISAS D'ALENTEJANO"

Após o 25 de Abril de 1974. . .Atã compadre Manel já sabe, já sê o quê compadre Jaquim? A ditadura foi embora veio a democracia, que coisa é essa compadre Jaquim? Atã o compadre Manel nã sabe? Agora quem tiver dois pães dá um  pão a quem não tem nenhum. . .
O compadre Manel ficou a pensar e não mais se esqueceu do que o compadre Jaquim lhe tinha dito. Como o compadre Joquim tinha dois burros e o compadre Manel não tinha nenhum. . .
Foi ter com ele dizendo o compadre Jaquim está lembrado de me ter dito que quem tem dois pães dá um pão a quem não tem nenhum. . .
Tô lembrado sim compadre Manel, atã nã havera de estar. . .Como o compadre Joquim tem dois burros e eu não tenho nenhum. O compadre Joquim pode-me dar um burro dos seus. Ó! Compadre Manel, mas isso era com os pães, não é com os burros!!!
(Edumanes)