Não são palavras esquisitas!
Cidadão português do norte
Para escrever estas coisitas
Tintinaine me deu o mote!
Para não falar de futebol
Falas-nos de carros
Sem pressa vai o caracol
Descalço pelos cardos!
Os carros gastam pneus,
E consumem petróleo
No tempo dos Fariseus
Seria outro o negócio!
Como eles viveriam,
Por cá também se viveu
E como se alimentariam
Isso dizer não sei eu!
Um mundo novo sem carros,
Para não haver tanta cobiça
Se não houvessem chaparros
Não haviam rolhas de cortiça!
Sem políticos há menos asneiras,
Sem alentejanos não há anedotas
Se não houvessem azinheiras,
Também não haviam bolotas!
(Eduardo Maria Nunes)
Gostei dos teus versos
ResponderEliminarda cortiça e da bolota
da comida do fariseu
que num deserto de areia
cheio de cabras e ovelhas
só comia com certeza
tâmaras e leite e mel
ou pão sem fermento
quando havia farinha!
No deserto, não sei não,
ResponderEliminarSe o trigo lá pode nascer
Da farinha se faz o pão
Para quem tem fome comer
Também se comem as bolotas
As cabras e as ovelhas
os alentejanos contam anedotas
colocam-se os brincos nas orelhas
Nos narizes as argolas
Nos dedos os anéis
No focinho das porcas
O vinho nos tonéis
Tantas coisas chiça
Dos chaparros para a lareira
A lenha e não a cortiça
Para atiçar a fogueira
Na herdade da Lagariça
Se apanha a carquejeira.
Adoro a sua forma de versejar, Eduardo!
ResponderEliminarE nasci no Alentejo!
Boa! Gostei muito.
ResponderEliminarBeijo meu amigo Eduardo.