Lá do ponto mais alto!
entre margens de verdura
corre a água doce rio abaixo
à salgada no mar se mistura.
Corta-se o trigo com a foice,
o martelo bate na cabeça prego
os fenos guardam-se no palheiro
a mula na parede deu um coice
o vento abanou o marmeleiro
no chão caiu um marmelo.
Com ele fez marmelada!
no chão, caída de uma flor
pisou a pétala perfumada
andava à procura do amor,
no jardim, moça apaixonada.
no chão, caída de uma flor
pisou a pétala perfumada
andava à procura do amor,
no jardim, moça apaixonada.
(Eduardo Maria Nunes)
Nos primeiros versos há um bucolismo que é mesmo de poeta.
ResponderEliminarNos segundos há Alentejo a espirrar em cada letra.
E nos últimos um romântico que combina muito bem com tudo o resto.
Gostei!
Isso ai, o grande escritor russo, Leon Tostoil, já dizia: universal é aquele que canta sua aldeia.
ResponderEliminarUm abraço daqui do país da Copa. Tenhas uma boa tarde/noite.