quando ainda, eu, era catraio
uma lebre em excesso de velocidade
a correr à frente dum cão galgo.
A olhar fiquei embasbacado,
o cão galgo não a agarrou
no caminho um chaparro
da lebre não se desviou.
Não tem graça, contado, só visto,
bateu com a cabeça no tronco, coitada
sim, mais saboroso teria sido o petisco
se na panela tivesse sido cozinhada!
Ainda pensei nisso,
apanhá-la, qual carapuça
continuei a ouvir o ruído
daquela corrida confusa.
Um monte de tojo estava perto,
de imediato para cima dele saltei
debaixo a correr um coelho esperto,
de lá saiu, a olhar para ele fiquei!
Sem lebre e sem petisco,
muito no tempo se transformou
muito no tempo se transformou
nos regatos muita água, tem corrido
só o espertalhão o vento não levou!
(Eduardo Maria Nunes)
(Eduardo Maria Nunes)
Poesia linda,como sempre!Tua inspiração, grande! Abração, obrigadão e já está lá no lugar! chica
ResponderEliminarQue história essa, Eduardo!...Uma lebre a alta velocidade que choca com um chaparro, um coelho escondido no tojo, e um gaiato a observar todas estas peripécias traduzidas em poesia...:-)
ResponderEliminarMuito bom! E é verdade, o vento geralmente não leva o que dia levar.
xx
E o galgo? Que foi que lhe aconteceu? Foi atrás do coelho?
ResponderEliminarAdivinho que esta história ainda vai ter continuação.
A lebre, o cão galgo e o coelho, não foram nenhum sonho, não foi invenção nem imaginação minha. Aconteceu mesmo, não no mesmo dia, eu vi!
ResponderEliminarO dia estava enevuado,
ResponderEliminaro tempo estava assim brando,
andava o Eduardo lavrando,
e viu uma lebre deitada,
foi chamar o caçador,
mas não lhe servio de nada,
É que quando voltou com o caçador a Lebre já tinha fugido.
Quando me lembrar do resto depois conto!!!
Porque és, tu, alentejano,
ResponderEliminarestás no caminho certo sim
boa noite amigo Bergano
Foi quase,não bem assim!
O seu poema é excelente.
ResponderEliminarTenha um bom dia.
Beijo*
Bela poesia...
ResponderEliminarObrigada pela visita
Abçs