quinta-feira, 5 de março de 2015

"BORBOLETAS"

A quem a não tinha!
devolveu a liberdade
  para a cura a mesinha
está na felicidade.
Miavam os gatos no gatil,
à sombra da azinheira
refrescava a água no cantil
 cacarejavam as galinhas na capoeira
  noite e dia ladravam os cães no canil 
cantavam os galos no poleiro
 o vaidoso pavão abriu o leque,
quando viu o peru faleiro
 corriam os galgos atrás da lebre
por entre o trigo e o centeio
 do que uma pena mais leve
com esperança e fé no futuro
descalço brincava o muleque,
no céu brilhavam as estrelas
as aves voavam em liberdade
nas flores pousavam borboletas
 libertas dos olhos caiam no chão
lágrimas de tristeza e de saudade
as mulheres apaixonadas no coração
transportam o amor e a felicidade!
(Edumanes)

6 comentários:

  1. Gostei muito!

    Espero que tenha uma excelente sexta.
    Beijinho*

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  2. Teu Alentejo descreves muito bem
    Chamo a isso amor à liberdade
    Amas os campos como ninguém
    E falas dele com humildade!

    Com o meu abraço.

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  3. Belo poema, Eduardo!
    E as mulheres serão sempre portadoras do amor, como as borboletas são um símbolo da Primavera.
    xx

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  4. A isto chamo eu «uma cacofonia alentejana» e muito bem engendrada, dou-te os parabéns.

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  5. Agradou-me...e eu adoro borboletas e papoilas.

    Bom fim de semana, amigo Eduardo :)

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