Dos montes onde outrora!
pelas chaminés deitavam fumo
muitos deles em ruínas agora
quantos não sei, muitos presumo
dispersos pelo campo à noitinha
no inverno chuvoso e friorento
ardia a lenha na lareira
pão com azeitonas o sustento
assada na braseira
às vezes metade d'uma sardinha
não duvidem, foi mesmo assim
eu cá, não invento tristezas
porque são dolorosas sim
quando muitas incertezas
tantas pareciam não ter fim!
Por veredas e caminhos
palmilhava léguas e léguas
para encontrar os carinhos
que faziam minhas esperas
eram de esperança bocadinhos
encontrá-los tanto eu quisera!
(Edumanes)
.
ResponderEliminarA virtude está na forma
E não no conteúdo
Assim a vida o informa
Ainda eu era miúdo
A viver a nostalgia
A reviver o passado
E assim nesta via
Viaja o Eduardo
Eu porvir, que iria,
ResponderEliminarser por ti visitado
viajando na maresia
terás encontrado
uma linda melodia
ficaste tão inspirado
Eu sabia que não ficava
sem a tua visita rimada
pela qual te digo obrigado!
Boa noite meu amigo!
ResponderEliminarLinda poesia, retratando exactamente um passado verdadeiro... por vezes tão difícil de viver.
Mas mesmo com todas estas faltas que haviam, na maior parte das famílias; havia alegria de viver, coisa que hoje em dia, falta a muita gente: não havia a ambição desmedida que há hoje! O trabalho não nos dava tempo para pensar, na ganância do dinheiro, e do poder, que sendo demais acaba por dominar as pessoas: e é esse o maior mal do mundo.
Tenha uma noite feliz e abençoada. Meu Fraterno Abraço amigo em Cristo.*
Josélia.
ATENÇÃO . MUITA ATENÇÃO
ResponderEliminarÚLTIMA HORA:
FANTASMA INFORMA :
-para os efeitos, que entenderem ser mais adequados, venho dar a mão à palmatória.
-Então não é, que inverti, o qualitativo dos adjectivos?!
A culpa é do tintol de Reguengos.
Deve ler :
A virtude está no conteúdo,
E não na forma.
Eduardo, vou-me retirar Jamais terás de me aturar
ResponderEliminarEstou a ficar senil
Da tola e do pernil
Estes "restos mortais" de casas são uma verdadeira chaga na paisagem mas dão umas belas fotografias.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
O Fantasma tem animado os teus blogs, nos últimos tempos. E agora diz que está de partida. Não vais sentir saudades dele?
ResponderEliminarAs tuas memórias não são muito diferentes das minhas, embora se diga que no Alentejo as coisas eram um bocado piores. Lembro-me muito bem desses anos difíceis do pós-guerra e da fome que o povo passava.
Só há uma solução! Vai à minha aldeia, conversa com os ingleses e holandeses que agora lá vivem, são reformados, compraram todas as casas antigas, recuperaram-nas sem alterar a estética exterior e transformaram aquilo numa aldeia moderna, até eu com vergonha, pintei a minha e já me perguntaram se queria vender! Eles adoram os nossos quintais e o nosso clima.
ResponderEliminarEntão eles recuperam as casas, sem alterarem a estética exterior?
EliminarPudera! O PDM é para respeitar, caso contrário lá vem coima e reposição do original, (com a qual, todas as pessoas sensatas estarão de acordo).
Mais 20 ou 30 anos, e Portugal estará vendido a retalho.
Pudera, assim também eu. Têm reformas gordas. Em Portugal há bom pastoreio. Desde que haja "ólombongô" com fartura, sem dúvida alguma e devido ao seu clima, Portugal é mesmo um jardim à beira mar plantado!
ResponderEliminarOutros tempos Eduardo que me prezo de ter vivido, almoços ou ceias (jantares agora). Uma sardinha, divida por dois, pão e uma laranja, pão e azeitona e etc. Bastantes refeições foram assim. Conheci um idoso que dizia: "muitas vezes andei na jorna, de sol a sol e o almoço, era apenas - pão e navalha", queria ele dizer que almoçava só pão que ia partindo com a sua navalha. Poema fabuloso. FABULOSO poema sim, não faço por menos, porque a verdade, deve ser dita, ainda que em poesia.
ResponderEliminarGrande abraço, saudoso amigo
.
ResponderEliminarLá vem o fantasma chatear
lendo este comentário pensarás
Acontece me foi dado observar
a questão colocada lá atrás
Veio a terreiro um tal Manuel
perguntar alguém sabia pi pi pi
Rádio telegrafista no quartel
ele que dê a explicação aqui
No mato nossas comunicações
eram pior que roda num oito
pois em todas as operações
era AVP1 e o RACAL-TR 28
Um Alfa Bravo para ti, extensível a todos os COMBATENTES.
Disseste que estavas d'abalada,
ResponderEliminarpensei que já tinhas partido
sem cá da malta te teres despedido
para Reguengos do tintol, sem mais nada.
Se partires de madrugada,
muito antes do sol nascer
não te enganes na estrada
nem te deixes adormecer.
Se fores a conduzir,
não circules contra-mão
porque isso é transgredir
e podes ir parar à prisão.
Olha quisto,
não está para brincadeiras
não percas nenhum petisco
se fores tem juízo
para a lama, calça as caneleira!
O fantasma não chateia,
o Manel também não
levavas a lata cheia
de tinta para pintar
a deixaste cair no chão
com tanta pressa d'abalar?
.
EliminarNunca digas desta água não beberei.
Quanto ao tinto alentejano
o velho adágio jamais citarei
hoje e durante todo o ano
Ao pré e ao rancho não faltarei
Não deixes a bicha te morda
Isto vai pr'aqui uma açorda.
Porque a bicha não morde,
Eliminarquando tem a boca fechada
açorda com pão duro e não mole
com azete e dente d'alho temperada.
Ficam sempre as memórias dos outros tempos!
ResponderEliminarr: É verdade, «não há nada melhor que o nosso ninho».
Obrigada e igualmente*
.
ResponderEliminarBom dia e um bagaço.
Toda a noite conduzi
evitando o contramão
O teu conselho segui
posto isto, obrigação
Hoje a operação Marquês
me leva a outras paragens
Chegando ao belo Gerês
encontrámos outras aragens
Tenhas um excelente dia, com muita inspiração, e muita paciência.
Não olvides: o futuro é hoje.
.
ResponderEliminarOnde lês......
..............posto isto, obrigação,
deves ler.....posto isto, obrigadão.
P.S.: o corrector automático tem destas pérolas (boas para dar aos porcos).
De manhã, ainda, cedinho,
ResponderEliminarbagaço faz arde a goela
tem atenção pelo caminho
não pises alguma esparrela!
Querido amigo Edu!
ResponderEliminarContinuo afastada da blogosfera pelos motivos que todos
conhecem. Agora com um tempinho livre vim matar as saudades e deixar
o meu carinho. É duro ficar afastada daquilo que gostamos e que temos
prazer em fazer...mas em breve tudo voltara a sua normalidade se Deus quiser...
Deixo abraços com carinho de coração pra coração.
Marilene