segunda-feira, 6 de julho de 2015

"UM CARANGUEJO NA AREIA!

Nuns lindos olhos encontrei!
a esperança que andava perdida
não digo de quem são mas sei
que são duma moça bonita.

Só não sei onde ela mora,
não me quis dizer onde habita
procurando ela ando à nora
agora, não sei onde está metida.

Continuando as investigações
para o seu paradeiro descobrir
segundo, recebidas, informações 
a caminho da praia ia a fugir.

Oh! Pernas para que te quero,
atrás dum desejo fui a correr
na areia por causa dum beijo
onde estaria fiquei sem saber.

Tropecei num caranguejo,
que se meteu à minha frente
bati com a tola num seixo
a sangrar, fiquei de repente
não do pé, mas sim do joelho.

Há dias de muito azar,
 daquela praia fui a sorte
 para o campo procurar
porque subi numa azinheira
cai em cima dum cavalo a trote
arre macho disse na brincadeira.

Não era macho, não era mula,
porque era burro
também não foi aventura
nem aconteceu no escuro.

A correr me deitou abaixo,
lá fiquei estatelado no chão
com muitas dores num braço
 aflito batia o meu coração.

O mariola do burro ouviu,
deu dois coices no vento
desapareceu naquele momento
nunca mais ninguém o viu!
(Edumanes)

18 comentários:

  1. Muito engraçado este seu poema.

    Versos lhe saem da mão,
    Bom poeta alentejano!
    No fundo do coração
    Também quer tocar piano?

    Um abraço e obrigada pelo carinho,
    amigo Eduardo

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    1. Os versos me saíram da tola,
      com a ajuda da inspiração
      para a Tererinha mando uma rosa
      faz favor de a receber em sua mão!

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    2. Bom amigo Eduardo,

      Recebi a sua rosa
      com muita emoção!
      Oferta deliciosa
      que enche o coração!

      Obrigada!
      Um abraço

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  2. Bom poeta alentejano, sim! Daqueles que se vão perdendo.
    Gostei muito.

    Beijo e boa semana

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    1. Para Ana Tapadas,
      o meu agradecimento
      pelas suas palavras
      escritas com talento!

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  3. Arre burro que és inteligente
    Com estes poemas só podias ser tu
    Para com eles animar a gente
    Força nisso amigo Edu.

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    1. Pegou a moda do Edu,
      cadê as outras letras
      comeram o arroz cru
      com farinha de boletas?

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  4. Olha só que caranguejo
    Nas suas lides pacíficas
    Logo te deu o ensejo
    Para quadras magníficas.

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  5. Eu cá sou mesmo assim,
    quando a inspiração me sobe à tola
    a fugir de uma cobra
    consegui saltar o trampolim!

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  6. Que trampolim era esse
    Perdido algures na mata
    A cobra teria interesse
    Em saber da tua lata ?

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    1. Na mata, não me lembro se vi,
      na estrada tenho a certeza que não
      mas sei dizer que com medo fugi
      da cabra, não sei se contra-mão!

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  7. Deixa pra lá Eduardo
    São tantas vezes tantas
    Me reduzem com alardo
    Para camarada Fantas .


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    1. Não tenho outro remédio,
      se o não deixar para lá
      se souberes onde está
      agarra bem o privilégio!

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  8. Olá amigo Eduardo!
    Mas que belo poema, é muito bom passar neste seu cantinho poético!
    Mas que grande confusão em que o amigo se meteu!
    O pior mesmo foi cair do burro abaixo... e ficar lá estatelado!
    Muito engraçado o seu poema amigo! Tenha uma boa semana.
    Um fraterno abraço em Cristo.
    Josélia

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  9. À dias assim nem na praia nem no campo se está bem, até parece que somos perseguidos pelo azar e só falta um burro para atrapalhar, hehe.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

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  10. Oi Eduardo,mas que dia amigo,ser mordido pelo caranguejo é demais.
    Bjs e um ótimo dia.

    Carmen Lúcia.

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