A tiborna designa no Alentejo e em Olivença um pão acabado de cozer e a sair do forno que se rega com azeite de boa qualidade e é polvilhado com sal ou com açúcar.
Pouco mais valia talvez?
do que meio tostão furado
o que recebia de jorna
quando outrora o camponês
trabalhava para o latifundiário,
azeite, para temperar a tiborna
para o comprar não tinha guito
sabia que tinha de vergar a mola
por que não havia outra maneira
no verão à calma de ceifava o trigo.
Nem todas as portas tinham gateira
para se divertirem na brincadeira
os gatos saltavam pelo postigo.
Sem perder a descrença
para o trabalho ia cantando
sem conduto para a merenda
em silêncio reclamando
começava de manhãzinha
com esperança para o céu olhava
relógio para ver as horas não tinha
pela estrela da manhã se orientava!
(Edumanes)
É só gente da terceira idade que trabalha?
ResponderEliminarQue é feito da juventude?
Estava à espera de ver uma moçoila toda boa de foicinha em punho, mas fiquei foi a ver navios!
A ver navios a navegar no restolho,
ResponderEliminarsó podes mesmo estar enganado
trabalhavam até depois do sol posto
para receberem se calhar meio pataco!
Um retrato e vida de outros tempos. Trabalho e fome. Tempos que alguns querem de volta.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Fora do Alentejo andei ceifando
ResponderEliminarNa minha terra havia trigo
A cantarolar ia chorando
nem te conto meu amigo.
Como dantes já não se ceifa,
Eliminarinventaram novas modernices
favorecem mais os barriga cheia
melhor era viver sem chatices!
Não conhecia, confesso.
ResponderEliminarr: É uma lição de vida!
Obrigada e igualmente*
Meu amigo no meio de um redemoinho me encontrei e tempo mais não tive para brincar de escrever aqui na net, devagarinho os ventos se acalmam mas tempo igual que tinha não mais tenho, então visito os amigos aos poucos porque gosto de ler refletir antes de comentar. Adorei como sempre esta história que contas em teu poema, a vida é dura para quem é empregado no campo ou tem sitio pequeno para morar e lavrar, assim é aqui no Brasil também, parabéns você sempre faz belos poemas com belas histórias, bjos Luconi
ResponderEliminarOlá Eduardo
ResponderEliminarO vídeo ilustra com perfeição a dura realidade dos trabalhadores do campo que tiram da terra o seu sustento e tuas palavras foram cruciais ao mostrar o descaso sofrido por esta classe trabalhadora que dá o seu suor por mísera remuneração
Eduardo vim agradecer tuas belas palavras ao meu poema lá na ILHA do AMOR
Grata por sua visita e adorável comentário
Uma semana de paz e muito amor
Beijos e carinhos da amiga
Gracita