Português incomodado
por um qualquer maltês
com o que fazes tem cuidado
não falhes na próxima vez.
Português trabalhador
quem não deve não teme
governado por explorador
caso português coelho não lebre.
Já Bocage o previa
tudo isto vir a acontecer
nos seus poemas escrevia
muita canalha neste país haver.
Com ele tenho que concordar
Lá no lago do jardim, ele dizia
Quando o Rei lhe perguntar
Nada cabrão, Bocage sabia.
Era uma tartaruga a nadar
quando a Rainha curiosa
ao Bocage foi perguntar
Nada puta, Bocage respondia!.
Bocage morreu com 40 anos apenas, mas parece que teve a sua parte no que esta vida tem de bom.
ResponderEliminarPelo menos o poema assim reza.
La quando em mim perder a humanidade
Mais um daquelles, que não fazem falta,
Verbi-gratia — o theologo, o peralta,
Algum duque, ou marquez, ou conde, ou frade:
Não quero funeral communidade,
Que engrole "sub-venites" em voz alta;
Pingados gattarrões, gente de malta,
Eu tambem vos dispenso a caridade:
Mas quando ferrugenta enxada edosa
Sepulchro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitaphio mão piedosa:
"Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou vida folgada, e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro".
Estava o Rei e a Rainha
ResponderEliminardebruçados na janela
num dia à tardinha
subindo pela ruela
o Bocage lá vinha.
A Rainha muito esperta
disse para o Rei
ao Bocage vou perguntar
qual a parte do corpo que mais frio
sentir,
no nariz, ele irá responder
metê-lo no cu eu mandar.
A Rainha espertalhona querendo ser
ao Bocage perguntar
ele muito rápido responder
é na ponta do c..ralho,
vira-se o Rei para a Rainha
e agora onde o mandas meter!..