Vaga, no azul amplo solta,
vai uma nuvem errando.
O meu pensamento não volta.
Não é o que estou chorando.
O que choro é diferente.
Entra mais na alma da alma.
Mas como, no céu sem gente,
a nuvem flutua calma.
e isto lembra uma tristeza
e a lembrança é que entristece,
deu à saudade a riqueza
de emoção que a hora tece.
Mas, em verdade, o que chora
na minha amarga ansiedade
mais alto que a nuvem mora,
está para além da saudade.
Não sei o que é nem consinto
à alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto,
dor que a minha alma tem.
(Fernando Pessoa)
''Não sei o que é nem consinto
ResponderEliminarà alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto,
dor que a minha alma tem.''
Olá Edu, que lindo esse poema!Bjs! Fernanda Oliveira
Almas como a de Fernando Pessoa não morrem jamais! Amo de paixão!
ResponderEliminarBjusssssss
Olá , passei pela net encontrei o seu blog e o achei muito bom, li algumas coisas folhe-ei algumas postagens, gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns, e espero que continue se esforçando para sempre fazer o seu melhor, quando encontro bons blogs sempre fico mais um pouco meu nome é: António Batalha. Como sou um homem de Deus deixo-lhe a minha bênção. E que haja muita felicidade e saude em sua vida e em toda a sua casa.
ResponderEliminarPS. Se desejar seguir o meu humilde blog, Peregrino E Servo, fique á vontade, eu vou retribuir.