tinha tojos e muitas carquejas
nos corgos gente sem guarida
junto de floridas estevas
Do outro lado, Vale Travesso,
tinha bois, vacas, bestas e um feitor
de todos, não era o mais esperto
tudo pertencia a um só senhor.
A seguir no Monte da Estrada!
todas as moças eram bonitas
tinha no Pego d'altinho uma vala,
tinha no Pego d'altinho uma vala,
nas bermas cobertas de silvas.
O caminho para Vale Estacas,
de terra batida, todo esburacado
atravessavam as ovelhas e as cabras
também lá havia o gado bravo.
Raposas, lebres e coelhos,
pardais, picanços e piscos
rastejantes os escaravelhos
não de trampa bons petiscos.
Com eles se regozijam,
fazem uma bola a rebolar
do bom e do melhor petiscam
deixam a conta para o Zé pagar!
(Eduardo Maria Nunes)
Olá. Eduardo
ResponderEliminarBom tudo.
Vim, desejar-te, um dia domingo, bem bom.
Muita Paz. Desejos de alegria. Certeza sim, que independente da tua religiosidade, o Criador, está sempre de plantão, olhando por mim e por ti, e nos convidando, a refletir sempre, que o melhor do mundo, somos nós, os seres humanos. Por isso, somos humanos e, criados, à sua semelhança.
Dito isto, te convido a vim " cumê' um "manuê" cá no meu blogue.
Um abraço.
Um poema muito alentejano.
ResponderEliminarEu em criança tinha tanta curiosidade ao ver os escaravelhos a fazer as suas bolas que passava tempos em fim a vê-los! :-)
xx
Também de lembra de andar com os manos atrás dos escaravelhos que rebolavam bolas maiores que eles.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
E só o Zé é que paga?
ResponderEliminarO Eduardo fica isento?
Andas a lembrar-te muito dos tempos da infancia! das moças bonitas lá da aldeia não é!
um abraço.
Eles deixam a conta para o Zé pagar ... essa é que é essa. E além do Zé paga também o Eduardo, o Manel e os outros todos que não conseguem livrar-se desse fado nem dos ladrões que tudo nos roubam.
ResponderEliminarAs memórias da nossa infância e as moças bonitas do Monte da Estrada, essas são coisas que não nos podem roubar
Gosta colorido e em qualquer tonalidade! rs!
ResponderEliminarSeu poema me faz visualizar algo novo, que nunca vi.
Ótimo domingo, Eduardo!
Beijo! ^^
O Zé, só se for o "Povinho", o outro não paga impostos nem o comer que come!
ResponderEliminarDeviam-lhe dar as bolas dos escaravelhos!-:))
O meu abraço
Amigo Eduardo, aqui no Brasil dir-se-ia que o teu poema (uma ode à natureza) tem cheiro de campo. Aqui, sempre que se fala de natureza, de vida rural, se diz, vida de campo.
ResponderEliminarPoemas assim são bons para lembrar a nós citadinos, que além das cidades, existe vida.
Um abração daqui do sul do Brasil. Tenhas uma ótima semana.
Tão alentejano! Felizmente!
ResponderEliminarBeijo
Gostei muito!
ResponderEliminarr: Obrigada :)
Espero que tenha um excelente mês