De ter ceifado o trigo loiro!
no Alentejo, bem me lembro
de ter ouvido medonho estoiro
lembranças disso inda tenho.
Mas, não foi lá no Alentejo, não,
foi entre Metangula e Nova Coimbra
para o Rio Lunho perigosa deslocação
na picada o rebentamento de uma mina,
pela roda da frente do Unimog, accionada
felizmente, nenhuma morte ela causou
o pneu em pequenos pedaços voou
no vento com a poeira esvoaçada!
De uma coisa tenho a certeza
no Alentejo, bem me lembro
de ter ouvido medonho estoiro
lembranças disso inda tenho.
Mas, não foi lá no Alentejo, não,
foi entre Metangula e Nova Coimbra
para o Rio Lunho perigosa deslocação
na picada o rebentamento de uma mina,
pela roda da frente do Unimog, accionada
felizmente, nenhuma morte ela causou
o pneu em pequenos pedaços voou
no vento com a poeira esvoaçada!
De uma coisa tenho a certeza
de momento o silêncio alterará
a vida é como uma roleta
tanto rola até que pára...
Se chover, para a não molhar
com o gorro se protege a tola
melhor sorrir do que choramingar,
mas, nunca de maneira qualquer
para não causar perturbação
segredos guardados estarão
no coração de uma mulher?
Antecipadamente, se acontecer,
a vida foi, simplesmente, risonha ilusão
só não sei se valerá a pena para aquecer
correr atrás duma fugitiva paixão?
(Edumanes)
Guerras que deixam sempre lembranças amargas , mas que nunca acabam...
ResponderEliminarUm abraço grande e bom fim de dia, amigo Eduardo
Gosto sempre do que escreve!
ResponderEliminarr: Muito obrigada. Beijinhos*
Pois é amigo Eduardo, as paixões, ah, as paixões!
ResponderEliminarUm abração daqui de Porto Alegre, sul do Brasil. Tenhas uma boa noite.
De Metangula más lembranças tens
ResponderEliminarNo teu Alentejo, agora o trigo loiro não vês
Correr atrás da fugitiva paixão
Por muito que tentes, pernas já não tens
Aguenta por aí a lucidez
Não te estiques, pra não bater c.o cu no chão
Desculpa não te quero enervar
Também não quero ser poeta
Foi o que se pode arranjar
E fiz figura de pateta.
Toma lá mais um abraço e cala-te!
Não fizeste não,
ResponderEliminarfigura de pateta
porque tens razão
toma lá mais esta.
Porque houvera eu
ter queixa de Metangula
o poeta escreveu
na parede a mula
um coice deu.
Se bater com o traseiro
no chão duro
porque foste fuzileiro
poeta, por bem te aturo!
Caro Eduardo
ResponderEliminarNunca somos nós a escolher o berço, mas seremos nós a "amassar" a vida. Seja nos velhos e loiros trigais do Alentejo, ou nas picadas da guerrilha, desde que se sinta uma silhueta de mulher, tudo correrá bem, a um espírito positivo.
Grande abraço
De lembranças das minas na guerra colonial, até à questão se se deverá ou não correr atrás de fugitivas paixões... As paixões só trazem desilusões, tal como a guerra, não servem senão para a hipótese de pisar terreno "minado"...:-)
ResponderEliminarxx