sexta-feira, 30 de outubro de 2015

"DEBAIXO DELA"

Faz o fogo forte!
  mais rápido a água ferver
que está dentro da panela
 para mais depressa cozer
o feijão, dentro dela
em cima da trempe
 que está debaixo dela.
Palavras sem dote!
ditas por quem não sente
para se cumprir a tradição
povo pobre, Nação doente.
De barriga cheia, satisfeito,
com a chave do celeiro na mão
como se poderá evitar o despejo.
Desde aí estou, aqui, imaginando
como está pensando, talvez, não seja
creio desta vez com mais moderação
quando, hoje, o vi e ouvi discursando
sem deixar cair baba em cima da mesa
 porque, se calhar já está convencido
de que pode no meio da escuridão
 encontrar o alfinete perdido!
(Edumanes)

12 comentários:

  1. Um grito para uma nação doente.
    Adorei o texto Eduardo.
    Bjs e ótimo final de semana.
    Carmen Lúcia

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  2. Hoje mais moderado porque já tem a certeza de que
    o governo cairá, e vai ter de engolir em seco ao ter de indigitar
    um outro governo. Mas quero ver até que ponto existe realmente
    um acordo parlamentar consistente , à esquerda.
    Bom fim de semana, Eduardo.
    xx

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  3. Em vez de desagradáveis surpresas. Podem surgir agradáveis surpresas, vindas de onde e quando não se esperam? Por mais desagradáveis que possam ser, para os pobres, nunca serão piores das surpresas com que Passos Coelho nos surpreendeu, após ter sido indigitado primeiro-ministro, em 2011,

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  4. O Ricardo Costa chamou-lhe «Governo Iogurte» por causa da curta validade que tem e eu gostei do nome. Na próxima semana começa a azedar e na seguinte deita-se ao lixo.
    Em Março do próximo ano devíamos organizar uma caravana automóvel para acompanhar a múmia até Boliqueime. Tenho a certeza que ninguém vai sentir saudades desse traste!

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  5. Costuma-se dizer muitas e belas palavras, o difícil é pô-las em prática para o bem da massa
    Um lindo final de semana
    Um super beijo amigo Eduardo e bons sonhos

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  6. Espero bem que não encontre o alfinete, já estamos fartos desta gente.
    Um abraço e bom fim de semana.

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  7. Os meninos à volta da fogueira
    Vão brincando com o fogo
    Em breve acaba a brincadeira
    E quem chora é a carteira do povo.

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  8. Porque, a carteira do povo não chora,
    quem chora são os olhos do povo
    o que eu desejo é vê-los portas fora
    mesmo sabendo que não acaba o choro!

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  9. Ir embora
    Porta fora
    Está na hora
    E agora?
    Alguma coisa se há-de arranjar!

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  10. Alfinete para quê? Já fomos bem espetados ao longo destes quatro anos.
    Um abraço e bom Domingo

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  11. Já não se sabe de que lado sopram ventos de mudança e de bonança, Eduardo.
    A vida ensina que a história se repete e como tal, espero que venha o melhor enquanto saboreio a sua poesia que me delicia. Essa sim, acredito nela. na sua sensibilidade!
    Beijinho e muito obrigada pela sua simpatia

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