De dor se padece!
Com a foice ceifado
na idade adulta alourado
verde nasce, verde cresce
o trigo na terra semeado.
o trigo na terra semeado.
Uma noite ouvi barulhar,
fiquei em silêncio cheio de medo
lá no Alentejo um grilo a devorar
as verdes folhas do trevo
O vento neles a soprar,
fazia abanar os arbustos
foi nas noites de luar,
que apanhei grandes sustos.
Quando eu ficava quedo,
porque ela também ficava
da minha sombra tinha medo
de noite quando para ela olhava.
A correr sem olhar para trás,
ó! Pernas para que as quero,
ó! Pernas para que as quero,
na minha vida era um desassossego
o cagúfe não me deixava em paz!
(Edumanes)
(Edumanes)
Criativa a sua poesia. Quando se está com medo se corre mais do que se pode.Abraços.
ResponderEliminarPor esta é que eu não esperava. Um homem que esteve na guerra, tinha medo da sombra?
ResponderEliminarAbraço e uma boa semana
Esqueci-me de dizer, que isso foi antes de eu ter ido para a guerra. Lá eu tinha era medo das balas do inimigo. Ou de colocar os pés em cima de alguma mina escondida, que me fizesse voar sem asas ter!
EliminarQue assustadiço, Eduardo!...:-) Mas sei que é mais
ResponderEliminarforça de expressão poética do que outra coisa.
Lá na guerra colonial é que deveria ser mesmo de
assustar, e só quem passa por elas é que sabe.
xx
Acredito que esta poesia me é dedicada, pois te pedi que fosses mais cómico e menos romântico e aqui está o resultado.
ResponderEliminarGostei! Muito!
Lá por gostares mais do cómico,
Eliminarnão porás de lado o romantismo
por não ser preciso não aposto
de que gostas dum bom petisco!
Boa tarde e boa semana, linda poesia com um grilo assustador.
ResponderEliminarAG
Com medo da sombra e ao mesmo tempo a sonhar ser um artilheiro em Moçambique, que grande guerrilheiro me saíste, dos corvos fritos ao lanche!
ResponderEliminarToma lá um abraço, capitão de abril.
Sou a favor de Abril, porque sou contra a ditadura!
EliminarA nossa inspiradora terra!
ResponderEliminarGostei muito.
Beijo
De Abril também eu gosto, mas está quase a acabar, faltam só dois dias!
ResponderEliminarÉ de coragem, confessar que se tem medo.
ResponderEliminarAbraço, amigo Eduardo