Bebi água no barranco,
vi numa manhã de geada
no chão um manto branco
lavrei a terra não lavrada!
Sem almoço no redondo,
comia açorda num tarro,
de cortiça na mão segurando
bebi água por um cocharro!
Barriga meio vazia,
era a ceia do pobre
à noite papas comia
num tacho de cobre!
Usei pelica e safões,
calcei botas de cabedal
fui para a guerra colonial
lutar contra os canhões!
De lá, sem tombar, me safei,
a sós com os meus botões falando
com saudades dos mergulhos que lá dei
continuo no Lago Niassa pensando!
a sós com os meus botões falando
com saudades dos mergulhos que lá dei
continuo no Lago Niassa pensando!
(Edumanes)
Vida muito dura a do Alentejo na ditadura, eu sei...
ResponderEliminarAbraço carinhoso, meu amigo
A vida era muito dura outrora. E não só no Alentejo. De África ficaram as saudades.
ResponderEliminarAbraço
Parece um tacho de arroz com mexilhões!
ResponderEliminarOu será da minha vista?
Pronto...agora estás a salvo...
ResponderEliminarSofreste um bocado caramba
Kis :=}
Bem feito para não falar demais!
ResponderEliminarAgora é açorda alentejana mesmo!