segunda-feira, 12 de junho de 2017

"SÃO VERDADEIROS"

Um campo de girassóis,
tamanho dum recinto de futsal
outrora uma cama e dois lençóis
 nem todos tinham em Portugal!

Nem num catre ferrugento,
tinham uma enxerga de palha
colocada em cima do cimento
ainda, hoje, há gente que ralha!

Com tantas modernices,
para melhor a vida gozar
por causa das aldrabices
têm de se saber utilizar!

Tem GPS no automóvel,
para nos levar ao sítio certo
tem internet no telemóvel
só não nos livra do inferno!
(Edumanes)

7 comentários:

  1. Muita gente não dá valor ao que tem e esquece que a miséria existe...

    Boa semana, amigo Eduardo, e abraços

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  2. Também eu fui criado em cima de uma enxerga de palha e não me envergonho de o dizer. Serve isso para reconhecermos o valor das coisas que conquistamos.

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  3. Meu caro amigo Eduardo,

    Nós que viemos de longe
    e já passamos dos sessenta
    conhecemos tempos difíceis
    que os jovens de agora não sabem;
    tempos de dificuldades e apuros
    Na aquela época não havia conforto,
    lazer, distração, passatempo nem se fala,
    exceto para as gentes mais aquinhoadas
    Os canais de tvs transmitiam em preto e branco,
    imagem distorcida e chuviscada,
    quando ficava ligada muito tempo
    queimava o sistema valvulado.
    Havia os radinhos de pilhas
    que a gente conduzia no bolso
    quando ia aos jogos de futebol.

    Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma ótima semana.

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  4. Edu...
    Eu tb tenho mais de 60...mas felizmente não passei por dificuldades pois a minh@ mãe, tia irmãos não permitiram. Mas eles sim
    Kis :=)

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  5. Felizmente que hoje os tempos são outros, como também os infernos são outros.
    Um abraço e boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  6. Devemos sempre dar valor ao que temos e nunca nos esquecer da onde viemos.
    Um grande beijo!!

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  7. Belo poema! Minha origem é da zona rural e me orgulho disso, pois é na agricultura que a cidade se estabelece, pois é da terra que vem nosso sustento. Tudo que tenho dou valor, sobretudo à vida. Amei seu poema, parabéns por esse blog maravilhoso, abraços!

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