À calma desabrigado,
sem do sol me proteger
fui pastor, guardei gado
o tempo passa a correr!
Lá não havia azinheira,
em Vila Cabral no passado
foi à sombra da bananeira
não à sombra do chaparro.
Nos arredores de Vila Cabral,
vejam como estava equipado
para me proteger do temporal
o qual, sempre tão indesejado.
Quantos anos já lá vão,
penso não ser preciso dizer
para comer sempre tem pão
o padeiro quando quiser.
Na tropa, soldado sapador,
era essa a minha especialização
sempre dos deveres cumpridor
fui para a padaria fazer pão!
Foi p´lo bem da Nação,
Ditosa, amada quem me dera
contra a penosa condição
de quem trabalhava na terra.
De Lisboa levei um empurrão,
até parar em Lourenço Marques
bastante mal aconchegado no porão
por culpa de quem fez disparates.
Só mesmo o chão duro,
é pior do que um catre vil,
sem colchão para o corpanzil
tinha esperanças no futuro!
Tanto fazia doer as costas,
como perturbava mais sono
vendiam pescada às postas
os pescadores do engano.
Com alegria para o povo,
foi a liberdade que chegou
de um momento para o outro
numa só noite tudo mudou!
era essa a minha especialização
sempre dos deveres cumpridor
fui para a padaria fazer pão!
Foi p´lo bem da Nação,
Ditosa, amada quem me dera
contra a penosa condição
de quem trabalhava na terra.
De Lisboa levei um empurrão,
até parar em Lourenço Marques
bastante mal aconchegado no porão
por culpa de quem fez disparates.
Só mesmo o chão duro,
é pior do que um catre vil,
sem colchão para o corpanzil
tinha esperanças no futuro!
Tanto fazia doer as costas,
como perturbava mais sono
vendiam pescada às postas
os pescadores do engano.
Com alegria para o povo,
foi a liberdade que chegou
de um momento para o outro
numa só noite tudo mudou!
(Edumanes)
Vila Cabral tinha uma certa semelhança com o Alentejo. Fazia calor durante o dia e era um gelo à noite. Lembras-te disso?
ResponderEliminarBem me lembro disso sim,
Eliminarno tempo em que lá estive
Vila Cabral era um jardim
como o Alentejo, nunca te disse?
Mas, só na primavera,
quando há flores há perfume
no verão há secura na charneca
como na beleza da mulher há ciúme!
Que bvom que tudo mudou! abço
ResponderEliminarOlá Edu! O mais importante é que as coisas mudaram para melhor. Belo poema amigo.
ResponderEliminarAbraços,
Furtado.
De dia era quentinho e ardeu para alguns com menos sorte
ResponderEliminarApanhavam cacimbo à noite e lutaram até à morte
Para outros foram umas férias passadas noutro Continente
Comeram, beberam e passearam, com galões era assim aquela gente.