Seja, sempre, acarinhada,
amargurada não seja a vida
nem em pensamentos injuriada
de ser vivida seja digna
nunca a vida seja desgraçada.
Não a uma folha comparada,
seca, no ramo da árvore no outono
em nenhum lugar seja abandonada
merece carinho, e não abandono.
Por onde andas tu alegria,
qual foi o mal que te fizeram
devolve à vida a tua simpatia
onde não estás, te esperam.
Dá-nos em adoçante,
os teus beijos embebidos
com voz meiga de amante
segreda-nos aos ouvidos.
Dentro duma cabana,
à luz da candeia
para alumiar a pestana
e satisfazer o bocejo...
Comendo um pedacinho de pão,
com azeitonas do chavelho,
para se manter a chama acesa,
na fogueira da paixão!
"Se um dia o sol se apagar,
no infinito dos céus
quero a luz do teu olhar
e o calor dos braços teus"
(Edumanes)
(Edumanes)
Lindo um belo poema meu amigo, gostei.
ResponderEliminarUm abraço e um bom fim de semana.
Chavelho é um corno, não é Eduardo?
ResponderEliminarIsso quer dizer que no Alentejo o usavam para levar as azeitonas para a merenda, assim como era usado antigamente para levar a pólvora para a espingarda de carregar pela boca.
Muito me contas!
Este teu poema, como tantos outros que nos ofereces merece um prémio!
ResponderEliminarQuanto ao chavelho, estava para ir ao dicionário, quando me lembrei o que o meu pai dizia quando algum vizinho o chateava: (O que tu merecias agora, era que eu te atirasse para os chavelhos dum touro)! E não era Alentejano, mas em novo ia para Bombarral trabalhar,(vergar a mola) logo aos quinze anos.
Há cornos em todo o lado,
Eliminarnão são exclusivo do Alentejo
pois, eu um dia bem passado
daqui de onde estou te desejo!