terça-feira, 31 de janeiro de 2012

FUZILEIRO NA RESERVA.

 COMPANHEIRISMO
Das corridas companheiro
No Parque nas Nações
Na reserva,  o amigo, Fuzileiro
Corre com os diabetes? lá terá suas razões
Numa competição, ITT, no Alentejo soalheiro
Noutras ocasiões
Junto ao porto de pesca, a subir a ravina
Na localidade de Porto Covo
Situado na costa vicentina
De fora leva a língua
Diz uma alentejana em voz alta
Este parece uma vaca louca
Sorrindo, a pedalar continuava
Achou graça à palavra da magana
Mais a cima um bar encontrar
Disse ter bebido dezoito imperiais
Para a boca refrescar

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

"DESCALÇO"

O povo leva nada,
Vítima de traição,
Reclama não tem razão
Sua carteira saqueada;
Fica de boca calada
Trabalha até noite escura,
Leva na mão a rolha
Feita pela canalha,
Seu sustento já falha,
Sua voz continua fraquinha;
Mostra os pés feridos da gravilha,
Que a pisa na noite escura:
As pedras por onde passa,
Se o pé lhe acerta de pôr,
Fica dorido de dor
E de vergonha sem graça;
Qualquer pegada que faça;
Faz florescer tortura:
 De pão vai à procura.
Nem ao ver o sol lhe vale
Por não ter confiança,
Do perigo não há quem o salve
Só no poder vê o mal;
Presente e futuro fatal,
Por não ser gente pura:
A mentira mais perdura!