domingo, 26 de julho de 2020

"RECORDAÇÕES DO PASSADO"

Outrora foi habitado,
naquele monte além
onde morou a saudade
já não mora, lá, ninguém.
Sendo essa a realidade
além no cerro abandonado
 aqui o digo por ser verdade
de que não foi, nenhum, sonho.
Com menos de 20 anos de idade
 porque lá me senti tão triste
para mim foi medonho
todo o tempo que lá estive!
(Edumanes)

quarta-feira, 22 de julho de 2020

"UMA MÃO CHEIA DE ILUSÕES"

Os alunos de Salazar,
 arraigados ao fascismo 
 como um gerador de azar
 será o poder político?
 
No passado é que me inspiro,
por desconhecer como será o futuro
no mundo, ainda, há gente sem abrigo
para que outra gente tenha de tudo!

Sempre assim foi e continuará a ser,
ainda não chegou o, ólombongô, prometido
já muita gente está preocupada em saber
por quem e como irá ser distribuído!
(Edumanes)

sábado, 11 de julho de 2020

"NADADORES/SALVADORES EM EXERCÍCIO"

Vi as andas do mar,
como estavam mansas
de voltar aquele lugar
ainda tenho esperanças.

Bem, eu, sei que é sossegado,
este ano fico em casa, é mais seguro
o bicho, invisível, anda por todo o lado
 tanto na claridade como no escuro.

Mas, ao certo não se sabe,
onde, quem foi que o gerou
pelo mundo em liberdade
muita desgraça já causou.

Com regalias especiais,
circulam por toda a parte
no mundo cada vez são mais
 inimigos da humanidade!
(Edumanes)

domingo, 5 de julho de 2020

"CADA UM COM O QUE TEM"

Montada no seu  jumento, alado,
estrada fora, vai Ti Anica do Loulé
nas cangalhas leva os potes de barro
no rosto leva alegria, esperança e fé.

Vai carregado mas não reclama,
humilde, à sua dona, ele, obedece
por ser como é, na aldeia tem fama
de ser tratado como, bem, merece!

Ti Anica se sente, tão, orgulhosa,
não há melhor do que o seu burrinho
por ser para ela a besta mais valiosa
trata do jumento com todo o carinho!
(Edumanes)

quarta-feira, 1 de julho de 2020

"AO CALOR DO SOL ARDENTE"

Um grupo de mulheres alinhadas,
de corpo curvado ceifando o trigo
o dia inteiro, mal remuneradas
sobre o olhar atento do manageiro!

Na árida planície dourada,
pairava uma revolta silenciosa
de esperança se iluminava
ao romper da bela aurora.

No campo começava a labuta,
de manhã cedo, até, ao anoitecer
sobre a terra um manto de verdura
verdes searas se viam crescer.

Já não sinto a força que sentia,
como corria, também, já não corro
porque já não faço aquilo que fazia
sinto que a velhice é um estorvo!
(Edumanes)