sexta-feira, 28 de abril de 2017

"O VOO DA LIBERDADE"

Do Dragão e de Alvalade,
sem parar de noite e dia
a Águia querem matar,
para a Luz fazem pontaria
não lhe conseguem acertar
porque ela em liberdade
mais alto continua a voar!

Não sei cantar não canto,
não sou pássaro de gaiola
sou um homem do campo
não sofro por causa da bola.

Eu sei separar o joio do trigo,
para o pão ter mais qualidade
as minhas unhas não roo, digo,
para as cortar tenho habilidade.

 Com esse dom nasceu,
para pontapear a bola
 quem mais do que eu
 pressa tem, vá embora.

 Perdem a compostura,
quando estão assanhados
pela bola há quem discuta
com os ânimos exaltados!

Nessa não me vejo,
fazendo triste figura
eu nasci no Alentejo
 no tempo da ditadura.

Outrora a farfalhuda,
agora nas bordas pelada
não passa fome tem fartura
sem obstáculos à entrada!

Sendo a vida mais bela,
vivida com amor e ternura
são tão lindos os olhos dela
sem lágrimas de amargura!
(Edumanes)

quinta-feira, 27 de abril de 2017

"NAQUELE TEMPO"

Na besta a albarda,
presa com a cilha
 para não cair no chão
 quando ia ao rio beber água
levava para a merenda sem pão 
nos alforges um talego vazio.
Um feixe de lenha trazia
quando à noite voltava do rio
para se acender o lume
e aquecer a água para a açorda
 dentro da panela de ferro
onde não havia outra
porque, era costume
assim naquele tempo
no verão e no inverno
 disso ainda me lembro!
(Edumanes)

quarta-feira, 26 de abril de 2017

"UM DIA DEPOIS"

25 de Abril, já lá vai,
hoje, já, é outro dia
abana mas não cai
haja saúde e alegria!

 "Zé Caracol" preocupado,
com a sua alimentação
comprar foi ao supermercado
farinha de trigo para fazer pão.

Não tinha forno onde o cozer,
foi pedir à vizinha do lado
se o seu forno lhe podia ceder,
por ele não seria danificado.

No forno bem aquecido,
com o madeiro em brasa
ficou o pão bem cozido
numa cozedura de graça!

A vizinha ficou, tão, contente,
dizendo, sempre estará ao seu dispor
para o meu forno se manter quente
o seu madeiro lhe dá mais calor!
(Edumanes)

terça-feira, 25 de abril de 2017

"VALEU A PENA"

Se quem deseja alcança,
viva, portanto,  a Liberdade
viva também a Esperança
sem esquecer a Felicidade.

Foi cantado em Português,
de todas a mais linda canção
colocado foi no cano da G-3,
o Cravo Símbolo da Revolução.

Bem valeu a pena,
lutar pela liberdade
Grândola Vila Morena
Terra da Fraternidade.
Na noite escura,
reinava a tranquilidade
uma estrela reluzente
trouxe a claridade,
com amor e ternura
ao romper do dia,
a Rosa sorridente
recebeu a democracia.

O povo saiu à rua,
para festejar, alegremente,
  a tão desejada queda da ditadura
25 de Abril e liberdade sempre!
(Edumanes)

segunda-feira, 24 de abril de 2017

"ESTRADA DO FUTURO"

Já as previa o Bandarra,
estradas vestidas de luto
de noite sem gambiarra
caminhando no escuro.

No verão empoeiradas,
são lembranças do passado
por estradas esburacadas,
outras  vezes a corta-mato.

Sendo como outrora imaginei, 
de que o futuro seria melhor
sem tropeçar até aqui já cheguei
daqui para a frente não seja pior.

Haja saúde, paz e alegria,
neste mundo que é de todos
onde o bem estar não faz azia
nem a poetas, nem a loucos!
(Edumanes)

sexta-feira, 21 de abril de 2017

"FLOR DENTE DE LEÃO"

Em vez de jardineiro neste jardim,
o Dr. Oliveira Salazar,foi um ditador
se tudo o que tem princípio tem fim
Mário Soares, dizem que terá sido fixe,
nenhum deles terá ofendido uma só flor
dos três, em Portugal, um ainda  existe!

O poeta alegre, na Argélia, foi desertor,
na guerra os seus camaradas abandonou
após a Revolução dos Cravos, regressou
como sendo, da pátria, o herói salvador!
(Edumanes)

quarta-feira, 19 de abril de 2017

"ODE"

Para ser grande, sê inteiro: nada
teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
brilha, porque alta vive.
(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 12 de abril de 2017

"CHAFURDANDO"

Sem trabalhar são bem remunerados,
não haverá no mundo outra pior praga,
no Parlamento deputadas e deputados
chafurdando o juízo de quem trabalha!

Sem alegria há gente também,
sofrendo sem vontade de sorrir
falar quem vergonha não tem
vim eu ao mundo para ouvir!

Não descobrem, os cientistas,
o remédio, adequado, para a cura
são mais que muitos os oportunistas
que vivem à conta da escravatura!

Bombardeiam povoações,
matam crianças inocentes
apoderam-se dos milhões
no mundo vivem contentes!
(Edumanes)

terça-feira, 11 de abril de 2017

"O CIENTISTA, O PORCO E A LANTERNA"


CIENTISTA ALENTEJANO!
Com um porco e uma lanterna,  subiu ao quinto andar de um prémio. De lá lançou o porco e a lanterna ao mesmo tempo. O porco caiu no chão primeiro do que a lanterna.  Conclusão, a velocidade do porco é superior à velocidade da luz!

domingo, 9 de abril de 2017

"SEM ORELHAS"

Fernandinho entrou no autocarro,  no interior do mesmo junto à porta, viu numa placa escrito. Menores de 10 anos estão isentos do pagamento de titulo de transporte!
 Fernandinho! Perfeito, assim já posso comprar um gelado!
Entretanto, o revisor o teu bilhete! Fernandinho disse menores de 10 anos estão isentos!  Então quando é que fazer 11 anos? Quando sair do autocarro!
 Fernandinho, diz o pai, convidsei um amigo para vir jantar connosco, tem um filho sem orelhas. Vê lá como te portas! Não gozes com o rapaz!
Quando chegaram diz o Fernandinho, Deus proteja sempre os teus olhos.
O rapaz! Porque é que dizes isso? Se tiveres de usar óculos estás lixado!!!

terça-feira, 4 de abril de 2017

"COTOVIA"

Na cidade sufoca o coração,
não há vida como a do campo
saudável sem poluição
a paisagem é um encanto!

Na cidade se anda a correr,
no campo calmaria
atrás, para não se deixar ver
 da tristeza se esconde a alegria!

Como antes o Cotovia,
de manhã ao levantar
já não oiço como ouvia
em Abril, a rola cantar!
(Edumanes)

segunda-feira, 3 de abril de 2017

"MORTE POR ENCOMENDA"

Por dinheiro se mata! Se fosse pobre continuaria vivo. Mas, como era rico, sem vida continua morto!
Mandou matar o pai para herdar fortuna. Mas cometeu três erros. Em apenas 12 horas, os investigadores descobriram que foi o filho da vítima quem encomendou a sua morte.  
Santiago Alli Torres é um jovem de 18 anos desde sempre habituado a uma vida de luxo. Amante de saídas nocturnas, carros de luxo e futsal, Santiago tinha a vida que muitos jovens da sua cidade sequer sonham em ter. Mas não era suficiente.
Conhecido por Brunito, o jovem queria mais e, por isso, encomendou a morte do pai, mas foi apanhado pela polícia venezuelana que, em apenas 12 horas, montou o puzzle do homicídio. Mas comecemos pelo crime.
No dia 24 de Fevereiro, pela manhã, a vítima, Bruno Allio Bonetto, de 59 anos, saiu de casa em Maracibo e dirigiu-se ao seu carro. Foi então que foi surpreendido por dois assaltantes que lhe encostaram uma pistola à nuca. “Quietinho. Isto é um assalto”. Bruno reagiu e acelerou a viatura contra o portão, depois tentou fugir, mas foi atingido com duas balas nas costas. Morreu.
A noiva ficou de rastos, estava em choque. Mas o filho, Brunito, permaneceu tranquilo. Perguntou se existiam câmaras de video vigilância no quarteirão e até fingiu um desmaio.
As autoridades começaram a desconfiar da postura do jovem e investigaram. E foi então que fizeram a descoberta macabra: Brunito havia encomendado a morte do próprio pai para ficar com a sua fortuna.
Mas o crime, que parecia perfeito, era na verdade muito imperfeito e os investigadores levaram meio-dia para chegarem ao autor moral do homicídio.
O primeiro erro de Brunito foi dar a chave suplente do carro do pai aos dois assaltantes. Depois, novo erro. Furtou a pistola do progenitor, uma nove milímetros, e deu-a aos dois homens. Por fim, a polícia veio a descobrir que o próprio Brunito deu boleia aos dois assaltantes até ao bairro onde mora e onde foi cometido o crime.

sábado, 1 de abril de 2017

"31 DE MARÇO, SEXTA-FEIRA. 1 DE ABRIL, DIA DAS MENTIRAS" NÃO É PETA!

Ontem, estive envolvido num acidente,
quem me dera, a mim, que fosse mentira
hoje, do que estou estaria mais contente
saí ileso mas poderia-me ter tirado a vida!

Continuando, fui com a minha mulher a uma consulta ao Hospital Curry Cabral, em Lisboa,  da Rotunda do Relógio segui pela Avenida do Brasil, até ao Campo Grande, antes da Cidade Universitária, parei nos semáforos sinal vermelho. Quando passou a intermitente, iniciei a marcha para a esquerda na direcção da Avenida da República. Mas o sinal da via em sentido contrário não  passa logo a vermelho, portanto quem  tenciona virar à esquerda tem de ter atenção ao transito que vem em sentido contrário.  Pensando eu de que o sinal já estaria vermelho, mas, se calhar ainda não estava. Nesse instante aproxima-se uma viatura em sentido contrário, pela direita. Consegui parar mas não consegui evitar o embate, na parte lateral esquerda, tendo a mesma ido embater com a parte traseira num poste do semáforo que regula o transito de peões, o qual tombou para cima duma senhora que naquele momento de azar ia a passar junto do mesmo. Felizmente, saiu ilesa. A viatura ficou virada em sentido contrário àquele em que seguia.  Já lá passei várias vezes. Todavia, há sempre uma primeira vez, o que tem de acontecer, mais tarde ou mais cedo acontece mesmo!