Na besta a albarda,
presa com a cilha
para não cair no chão
quando ia ao rio beber água
levava para a merenda sem pão
nos alforges um talego vazio.
Um feixe de lenha trazia
quando à noite voltava do rio
para se acender o lume
e aquecer a água para a açorda
dentro da panela de ferro
onde não havia outra
porque, era costume
assim naquele tempo
no verão e no inverno
disso ainda me lembro!
(Edumanes)
Com a tua poesia lá vais descrevendo a vida quotidiana do teu tempo no teu/nosso querido Alentejo, sem poluição das maquinarias modernas! Tempos de calmaria, sem medo de nos cair um avião na cabeça.
ResponderEliminarFica bem com o meu abraço.
Depois destas tuas palavras acho que descobri porque é que se come açorda no Alentejo. Com o calor que lá faz o pão seca e só se consegue comer juntando-lhe água para o amolecer. Para ganhar algum paladar junta-se-lhe azeite coentros e alho e ... aí está a origem da açorda.
ResponderEliminarEstou certo ou estou errado?
Os coentros me dou fastio,
Eliminarprofiro uma rola depenada
com açorda bem temperada
uma moda cantada ao desafio.
Gosto deste retrato poético.
ResponderEliminarUm abraço
Tb sou desse tempo, Edu...
ResponderEliminarKis :=}
Ah, que imagem poética de outros tempos!...
ResponderEliminarEm seu espaço acabo aprendendo e conhecendo tanto! Uma aula...
Beijos, amigo Edu! =)
Um bom retrato poético de outros tempos passados no Alentejo.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados