sábado, 18 de maio de 2013

"AOS BANDOS VINHAM ELAS"

Meu Alentejo Querido. 
 Planicie do latifundiário
Já foste terra de muito trigo
Quando não se cumpria horário.
 Derramadas foram muitas lágrimas
Sobre as espigas do trigo ceifado
Na terra virada pelas aívecas
lavrada com o arado.
Aos bandos vinham elas
À procura de comida
Cheias de fome as arvelas
Na terra pelas aívecas mexida.
Meu Alentejo, terra queimada
Do calor, do sol ardente
Contra a exploração, lutava
 Muita gente descontente.
Com medo da repressão
Respondiam a cantar
Contra os traidores da nação
Continuaremos a lutar!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

"MAMÍFERO ROEDOR!"

Só faltavam mais estas
Passos Coelhos, dizia
As cantas não dão certas
Culpada é a democracia.
Com ela quer acabar
Para pôr as cantas em dia
Contra o povo governar
A favor da tirania.
Coelho, não é gente
É mamífero roedor
Selvagem insistente
Por onde passa destruidor.
Matar dois de uma cajadada
Com proveito simultâneo
Para comer não vale nada
Se tem lepra é medonho.
Animal estrupador
Come a erva do rebanho
Está sendo zombador
Lá no cimo do patrono
Armado em valentão
Lá no meio do arvoredo
Será grande o trambolhão
Se o caçador mexer o dedo!