domingo, 21 de agosto de 2011

EPÍGRAFE

Murmúrio de água na clépsidra gotejante,
lentas gotas de som no relógio da torre,
fio de areia na ampulheta vigilante,
leve sombra azulando a pedra do quadrante,
-assim se escoa a hora, assim se vive e morre...

Homem, que fazes tu? P´ra quê tanta lida,
tão doidas ambiçõe, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
é um punhado infantil de areia ressequida,
um som de água ou de bronze e uma sombra que passa...

EUGÉNIO DE CASTRO

3 comentários:

  1. O Eugénio de Castro é que as sabia fazer bem feitas!

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  2. Eduardo, vim retribuir a visita lá no meu blog...Volte sempre viu?
    Amei os versinhos!
    Grande abraço!

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  3. Bom dia Edu, que obra prima, amei, bjs de muita luz...

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