quarta-feira, 28 de maio de 2014

"ROSA VERMELHA"

Não está não a prosa!
perdida no meio da poesia
vermelha esta linda rosa
perfumada de alegria.

A olhar para o Rio Tejo,
 aqui da Póvoa de Santa Iria
com saudades do Alentejo
 água fresca da fonte bebia.

Não importa se é desértico,
é mais plano do que o norte
fico contente quando o vejo
 de chaparros tem um fartote.

No passado terra de Mouros!
outros povos por lá passaram
ainda lá estão os alentejanos
aqueles que não emigraram.

Ainda vivem no Baixo Alentejo, 
lá no sítio das Fornalhas Velhas
dizem más línguas que é um deserto
quando sentem o colar nas orelhas.

Do norte, vão para o Algarve,
 lá passar umas belíssimas férias
atravessam o deserto da saudade
com piadinhas e outras lerias.

Perus, galos, galinhas e patos,
no inverno haviam pardelhas
na água que corria nos regatos
 porcos, mulas, cabras e ovelhas
 descalços brincavam os gaiatos!

O que já vi não esquece!..
não me canso de escrever
dizer, cada vez mais me apetece
basta, não nos façam mais sofrer!
(Eduardo Maria Nunes)

7 comentários:

  1. Linda rosa vermelha,que aparece aos sorrisos do amigo poeta.
    bjs Edu.
    Obrigada pelas visitas e comentários.
    Carmen Lúcia.

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  2. Há dias lixaste-me com o abegão, hoje com as pardelhas, assim fazes-me romper o dicionário à procura de significados. Mais à frente falas de mulas e pensei que podiam ser parelhas em vez de pardelhas, mas não faz sentido. Tens que me oferecer um dicionário de "alentejano" para te poder acompanhar nas tuas publicações poéticas onde cabe tudo, desde rosas vermelhas ao Alentejo, aos chaparros e até aos mouros que o Afonso Henriques, mais o seu filho e neto correram de lá para fora, há uma porrada de anos.
    E para terminar em beleza, uma ferroada na equipa do Coelho/Portas. Boa malha!

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  3. Amigo Eduardo, cronista poético das tuas lembranças! Muito bom!
    Um abraço daqui do país da Copa. Contagem regressiva, falta 16 dias.

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  4. São todos espectaculares os teus poemas, mas estes estão excelentes, parabéns amigo, continua!
    E cá vai o meu abraço, para o alentejano com orgulho.

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  5. É um dos poemas mais lindos que já li aqui!

    Beijinho

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  6. Versos que falem de uma rosa, de galinhas, perús e de patos só podem ter a minha aprovação. E o calor do meu Alentejo. Mais vale calor que frio.
    Um abraço.

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  7. Adoro rosas vermelhas!
    Você, como sempre, muito inspirado...Bravo!

    Um grande abraço!

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