quarta-feira, 2 de março de 2016

"MOINHO DE VENTO"


Como era no tempo ido,
em que se fumava de caturro
movido a água ou movido a vento
para os moinhos se levava o trigo 
nas cangalhas colocadas no burro
bem acomodadas com uma cilha
de forma a não magoar a barriga
do animal nem causar ferimento.
 Com segurança e perfeição
não se fazia de qualquer jeito
pelo bem estar do jumento.
Naquele dia sem atenção
com outro pensamento,
porque, um novato sujeito 
sem experiência na profissão
nas cangalhas pendurou o talego
com o contudo para comer com pão
sem jeito, por isso ficou todo desfeito
 sem conserto, estatelado no chão!
(Edumanes)

10 comentários:

  1. Reservaste um espaço para colocar uma imagem no topo da mensagem, mas não chegou cá nada!
    Ficou pelo caminho ou ainda estás a trabalhar nisso?

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  2. Depois de sair voltei a espreitar e já lá estava o moinho a moer o milho. Agora não há nada disso, o gasóleo anda mais depressa que o vento!

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  3. Sabe o meu caro amigo que estive para comprar um moinho na minha já distante juventude?

    Bons sonhos

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  4. Gostei. Tenho uma amiga, que conta com uma certa graça, que quando era menina, ia de férias para casa da avó, no Algarve. A avó levava assim o trigo para o moinho um bocado distante da casa. Quando ela estava de férias a avó sempre a encarregava de ir ao moinho e ela lá ia sentindo-se muito orgulhosa de a avó lhe dar tal responsabilidade. Uns anos mais tarde, já mulherzinha, mão quis ir ao moinho e então a avó depois do burro carregado, deu-lhe uma palmada e o burro lá foi direitinho ao moinho. Ele sabia o caminho de cor, pois o fizera milhares de vezes, e ia lá direitinho. Só aí ele percebeu que todo o seu orgulho não tinha razão de ser.
    Um abraço

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  5. Adoro ver moinhos e adorei tua poesia! abração,chica

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  6. Um novato sem experiência, e ainda por cima desastrado!
    Coisas de outros tempos. Em Lagos, dentro da cidade, ainda existem dois moinhos que foram recuperados. Ao menos não os deitaram abaixo.
    xx

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  7. Boa tarde, 2:56 de boas imagens do lindo Moinho de vento por dentro e por fora, o poema é de um verdadeiro poeta.
    AG

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  8. Na minha terra havia uma nora, em vez do moinho e na presa de água, era a nossa piscina dos domingos, que belos tempos amigo!
    Toma lá um abraço, não da nora mas do Querido.

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  9. Vim dar uma explicação para o facto de aparecer a foto do Cristo-Rei e no blogue estar outra coisa. Se reparar a foto do Cristo-Rei, diz que é o capítulo 30. E a história vai no 22. Acontece que não sei como fiz mas publiquei sem querer o 30 em vez do 22. É claro que imediatamente emendei, publicando o 22, mas ali na sidecar já estava registado aquele e não consegui emendar.
    As minhas desculpas.
    Um abraço

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  10. Um belo poema muito bem ilustrado pelo magnifico video.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

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