De dor se padece!
Com a foice ceifado
na idade adulta alourado
verde nasce, verde cresce
o trigo na terra semeado.
o trigo na terra semeado.
Uma noite ouvi barulhar,
fiquei em silêncio cheio de medo
lá no Alentejo um grilo a devorar
as verdes folhas do trevo
O vento neles a soprar,
fazia abanar os arbustos
foi nas noites de luar,
que apanhei grandes sustos.
Quando eu ficava quedo,
porque ela também ficava
da minha sombra tinha medo
de noite quando para ela olhava.
A correr sem olhar para trás,
ó! Pernas para que as quero,
ó! Pernas para que as quero,
na minha vida era um desassossego
o cagúfe não me deixava em paz!
(Edumanes)
(Edumanes)