segunda-feira, 16 de abril de 2012

"OLHA COMO ELE DEFENDE QUEM TRABALHA"

Sindicalista democrático?
afirma que é profundamente desuna,
o governo suspender as reformas anticipadas
de nome João Proença, não engana
do lado da troika e dos patrões assinou os contratos.
Ser mais um dos tachistas declarados
diz ser contra as pessoas desempregadas,
mas afinal está contra os reformados.

domingo, 15 de abril de 2012

"SIM SENHOR MINISTRO"

Militares portugueses,
estão prontos para evacuar
da Guiné Bissau civis portugueses.
Diz portas ao ressuscitar.
Também deveriam estar prontos,
para com ele do governo correr...
pouco participante nos encontros.
O que andarás tu a fazer!
Quando andavas aos beijos e abraços,
pelas feiras e estaleiro de Viana,
prometendo aos enganados
uma falsa esperança.
Por paulinho das feiras conhecido,
na área da política, prometedor,
pretendendo ser pelo povo reconhecido
com sendo o melhor pregador.

domingo, 25 de março de 2012

"ANTES DO SOL NASCER"

Em Março canta o cuco,
em Abril a rola,
já quase não há conduto,
para se comer com a açorda.
Ainda antes do sol nascer,
os passarinhos cataram,
os rios com pouca água por não chover
as pontes retiraram.
Se a esperança era a última a morrer,
por que razão a já mataram,
para o rico mais ter
ao pobre o roubaram?

segunda-feira, 19 de março de 2012

"DE POETA DISFARÇADO"

Puto e pé descalço
caçava pássaros com a esparrela
bebia a água do regato,
comia papas e açorda na tigela.
Camponês, assim, foi crescendo
e lá no campo aprendendo
toda a gente  respeitar.
 Sempre, muito, contrariado
por não querer lá ficar
e ter sido enganado,
triste noite e dia a chorar
assim as verdades vai dizendo
de poeta disfarçado.
 Convencer ninguém pretendendo,
por não ser mal educado
mas pela rima apaixonado
sua infância recordando.
Ainda, sente alguma tristeza
por ter sido algo atribulada
ser tão linda a natureza,
ao romper da madrugada.
Mais um dia, mais uma incerteza
talvez, uma esperança perdida
no pensamento continuava.

quinta-feira, 15 de março de 2012

"INDOLENTE"

Muito forte para com os mais fracos
Muito fraco para com os mais fortes
 Continua a caminhar
Talvez por caminho errado
À pobreza indiferente ficar
Governa preocupado
Mais teimoso do que uma "porta"
Custe o que custar a muita gente
Só com a divida se importa
Continua sem parar
O povo a trabalhar humildemente
Suas palavras vai ouvindo
Muito sereno, mesmo descontente
continua sorrindo?

domingo, 5 de fevereiro de 2012

"PROFETA A DISCURSAR"

Camarada Samora Machel
Em 1975, na cidade da Beira
Não falou do Grande Hotel
Discursou da seguinte maneira
Vão tentar nascer aqui em Moçambique
Capitalistas pretos, que vão tentar explorar
Outros pretos, estudou um pouquinho, disse
Licenciou-se tem o seu diplomazito
Está pronto, está autorizado
A explorar. É o senhor doutor
Não produz, se não uma petição daquilo
Que foi calculado pelo capitalismo
Sermos últimos quando se trata de benefício 
Primeiros quando se trata de sacrifício
Isto é que é servir o povo
Ouviram camaradas? Ouviram?
Daqui por três anos nós vamos ver
Alguns a levantarem edifício de quinze andares
Onde arranjou o dinheiro, não vai dizer
Se eu levantar um  prédio 
Façam favor de me perguntar. Ouviram?

sábado, 4 de fevereiro de 2012

«SORRISOS»

Se não visse não acreditava
No que está acontecendo
Quando o povo vila morena cantava
Ainda o sol não estava nascendo
Quem te mandou cantar povo sereno
Essa canção revolucionária
Durante o meu mandato, severo
Terás que de tua vos apagá-la
Vocês que em mim votaram
Quem vos mandou acreditar
Nas promessas que vos embriagaram
Agora com o vosso trabalho vão pagar
E ai! daquele que não cumprir
Não sabe o castiga que vai ter
Porque é proibido sorrir
Povo português, seu destino é sofrer.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

FUZILEIRO NA RESERVA.

 COMPANHEIRISMO
Das corridas companheiro
No Parque nas Nações
Na reserva,  o amigo, Fuzileiro
Corre com os diabetes? lá terá suas razões
Numa competição, ITT, no Alentejo soalheiro
Noutras ocasiões
Junto ao porto de pesca, a subir a ravina
Na localidade de Porto Covo
Situado na costa vicentina
De fora leva a língua
Diz uma alentejana em voz alta
Este parece uma vaca louca
Sorrindo, a pedalar continuava
Achou graça à palavra da magana
Mais a cima um bar encontrar
Disse ter bebido dezoito imperiais
Para a boca refrescar

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

"DESCALÇO"

O povo leva nada,
Vítima de traição,
Reclama não tem razão
Sua carteira saqueada;
Fica de boca calada
Trabalha até noite escura,
Leva na mão a rolha
Feita pela canalha,
Seu sustento já falha,
Sua voz continua fraquinha;
Mostra os pés feridos da gravilha,
Que a pisa na noite escura:
As pedras por onde passa,
Se o pé lhe acerta de pôr,
Fica dorido de dor
E de vergonha sem graça;
Qualquer pegada que faça;
Faz florescer tortura:
 De pão vai à procura.
Nem ao ver o sol lhe vale
Por não ter confiança,
Do perigo não há quem o salve
Só no poder vê o mal;
Presente e futuro fatal,
Por não ser gente pura:
A mentira mais perdura!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O AVÔ E OS NETOS!

O avô e os netos
Com eles estava a ralhar
Meninos, estejam calados e quietos
O avô quer escrever verso a rimar
Eles pior faziam?
Só para o avô arreliar 
Avô, não fiques zangado, diziam
Não percebes que estamos a brincar
Depois repeliam!
Avô, tu não sabes rimar
Mas eles sabiam
Que o avô nunca os iria abandonar
Por isso eles faziam
Algumas travessuras 
Para, sempre, o avô ajudar
Nas suas aventuras
Porque continuava a pensar
Que sabia escrever
Poesia, para em verso  rimar