Meu Alentejo Querido.
Planicie do latifundiário
Já foste terra de muito trigo
Quando não se cumpria horário.
Derramadas foram muitas lágrimas
Sobre as espigas do trigo ceifado
Na terra virada pelas aívecas
lavrada com o arado.
Aos bandos vinham elas
À procura de comida
Cheias de fome as arvelas
Na terra pelas aívecas mexida.
Meu Alentejo, terra queimada
Do calor, do sol ardente
Contra a exploração, lutava
Muita gente descontente.
Com medo da repressão
Respondiam a cantar
Contra os traidores da nação
Continuaremos a lutar!
(Eduardo Maria Nunes)