Uma pedrada num olho,
Pôs-se-lhe no mesmo instante
Tamanho como um repolho.
Certo doutor, não das dúzias
Mas sim médico perfeito,
Dez moedas lhe pediu
Para o livrar do defeito.
«Dez moedas! (diz o avaro)
Meu sangue não desperdiço:
Dez moedas por um olho!
O outro dou eu por isso!
Se o Bocage ainda vivesse
O que diria ele de tanta roubalheira
Gritaria para que alguém o ouvisse
Sem dizer nenhuma asneira!
No lago com a tartaruga
Respondeu, não hesitou
Quando a Rainha lhe perguntou!
Quando a Rainha lhe perguntou!
O que o ele estava a fazer, nada puta!