Os sonhos são ilusão!
Não ando não a sonhar
Do Alentejo vou falar!
Sem dizer palavrão!
Nas pedras a tropeçar,
Para calçar, não tinha botas
Andei com as calças rotas,
No Alentejo a penar!
Chegou a tão desejada liberdade!
Pôs fim a 48 anos de regime hostil
Trouxe ao povo alegria e felicidade
A revolução dos cravos, em Abril,
Na primavera, florido!
Esperada há muitos anos
Assim do Alentejo a seu pedido
Falei, digníssima Laura Santos!
(Eduardo Maria Nunes)