sexta-feira, 21 de março de 2014

"DIA MUNDIAL DA ÁRVORE E DA POESIA"

Distraído eu andaria!
Não é nada de grave
Também é da poesia
 O dia Mundial da árvore
Aonde estava não a vi!
Partiu noutra aventura
Não encontra ternura
A sonhar anda por aí!
Herdada do passado
Já fez mal a muita gente
Não há um só culpado
Está falido o presente!
A caminho da  chalorda
Sem talento desvairado
Em Portugal um calhorda
Sem ter asas quer voar!
Nem tudo é encantador
Nem tudo é sossegado
Nem tudo é felicidade
Nem tudo é lapidado
Nem tudo é tristeza
Nem tudo é amizade
Nem tudo é riqueza
Nem tudo é lealdade
Nem tudo é pobreza
Nem tudo é humildade
Nem tudo é com certeza
Nem tudo é caridade
Nem tudo é justiça social
Nem tudo é realidade
Nem tudo é consensual
 Nem tudo é personalidade
Nem tudo na vida é amor
Nem tudo é respeitado
Nem tudo no jardim é flor
Nem tudo é comercializado
Nem tudo no mundo é beleza
Nem tudo pode ser condenado
Não condenem a mãe natureza!
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 20 de março de 2014

" SEARA DE TRIGO E PAPOILAS"

Bem vinda a primavera!
Situado a sul do Rio Tejo
Do ano a estação mais bela
Está mais lindo o Alentejo!

Floridas no campo as papoilas!
A olhar para elas fiquei parado
A mandar o trigo vi as moçoilas
No Alentejo à beira do Rio Sado!

Acasalam os passarinhos!
Feno, levam no bico a voar
Para construir os seus ninhos
Num vai e vem sem parar!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 19 de março de 2014

"VERDES ARROZAIS"

     Não há petróleo, pode haver milagres!...
Barco, sem rumo, a navegar no alto da onda
 O que há mais em Portugal são disparates
No Alentejo,  passei por Nave Redonda
A caminho do Algarve, para Monchique
 Dei a volta, de regresso ao Alentejo
Para a Mimosa, passei por Ourique
 Em Alvalade do Sado vi o verde brejo
O qual no Alentejo, ainda, existe.
Petróleo, poluidor das belas maravilhas
Foram desbravados enormes matagais
 Pelo canal, da Barragem de Campilhas
  Corre água para regar os verdes arrozais!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 18 de março de 2014

"SONHOS...ILUSÃO"

Os sonhos são ilusão!
Não ando não a sonhar
Do Alentejo vou falar!
Sem dizer palavrão!

Nas pedras a tropeçar,
Para calçar, não tinha botas
Andei com as calças rotas,
No Alentejo a penar!

Chegou a tão desejada liberdade!
Pôs fim a 48 anos de regime hostil
Trouxe ao povo alegria e felicidade
A revolução dos cravos, em Abril,

Na primavera, florido!
Esperada há muitos anos
Assim do Alentejo a seu pedido
Falei, digníssima Laura Santos!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 17 de março de 2014

"CONTRA AS INJUSTIÇAS LUTANDO!

Com orgulho e teimosia!
Estão o povo empobrecendo
Senão visse não acreditaria
O que está acontecendo!

Protestando contra a fome,
Contra as injustiças lutando
Revolta-te contra a má sorte
Para não viveres penando!

Arrogantes sem consciência,
 Em sentido contrário remendo
Não se resolve com truculência
Para suportar as dores gritando
O único remédio, é a paciência!

Alcançar o que tanto se deseja,
Só com inteligência se conseguirá
Não cai do céu dentro da bandeja
Com esperança esse dia chegará!
(Eduardo Maria Nunes)

sexta-feira, 14 de março de 2014

"SEM FIM À VISTA"

Se inteligência não há!...
Porque haverá tanta cobiça
 O consenso por onde andará 
O que será feito da justiça!

Do futuro que o espera...
Silencioso, triste, o passarinho
Sopra o vento de mansinho
A caminho vem primavera.

Tudo piora, sem fim à vista,
Na esperança algo se perdeu
A guitarra nas mãos do guitarrista
Chora mas o fado não morreu!

Com esperança toda a gente sonha,
Por todo o lado anda sem morada certa
Deveria alegre ser, mas não é risonha
Viver neste país, a vida é incerta!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 12 de março de 2014

"OS CANÁRIOS PASSARINHOS"


Portugal,  está muito doente!
Diagnosticado cancro maligno
 Contra a medicina inteligente,
Sem cura, continua mendigo.

Três anos de consultas amiúde.
Vê-lo nesse estado de deleite
Até parece que esbanja saúde
Não liga, nem a este nem aquele
 Desvairado de loucura mediocre.

Quando feitas ao contrário,
Das muitas cometidas asneiras
Sem controle peças imperfeitas
 Saem das fábricas de vestuário.

Os canários...passarinhos...
Cantando bem à sua maneira
Nos verdes ramos da oliveira
Vão pousar os estorninhos!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 11 de março de 2014

"LEGITIMIDADE"

Para do poder o afastar!
Só o povo tem legitimidade
Já chega de tanto pensar
Está na hora da verdade!

Precisamos de gente honesta,
Para este pais bem governar
Não sei o que é que o povo espera
 Para contra essa peste se revoltar.

Foi sim eleito para governar, Portugal,
Isso todos nós já sabemos
Mas ser o dono, como se julga afinal
Mais desgraças, não consentiremos!

Para o bem não se esperam novidades.
Julga-se de todos ser o mais esperto
Assinado por setenta personalidades
 Depressa falou contra o manifesto!
(Eduardo Maria Nunes)

sábado, 8 de março de 2014

" 8 DE MARÇO, DIA DA MULHER"

Hoje, dia oito de Março,
O dia da mulher se comemora
Envio para todas um abraço
Como era a imagem mostra!

Porque a saudade chora...
Por ainda e já muito ter sofrido
Como nos tempos doutrora
Ao calor do sol ceifando o trigo.

Trabalhando de corpo curvado,
Com o rosto quase tocando a seara
Muito esforço, trabalho mal pago
Cujo latifundiário explorava!
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 5 de março de 2014

"GOTA DE ÁGUA"

A lágrima triste
Que por ti surgiu
Mal que tu a viste,
Quase se não viu...

Como quem desiste,
Logo se deliu...
E, mal lhe sorriste,
Logo te sorriu!

Já não era a dor,
O sinal aflito
Duma funda mágoa;
Era o infinito,
-O infinito amor,
Numa gota de água...
(Augusto Gil)

Eduardo disse;
Assim está esta Nação...
Função pública condenada
Nos trouxe a destruição
A Tróika indesejada!

No, Outono, fim do Verão!...
Seca cai no chão a folha da árvore
Pensa ter, mas não tem razão
Quem governar não sabe...