Quando eu era criança.
não sabia o que era o mundo
mas tinha muita esperança
não há fogo sem fumo.
Quando eu era moço!
de cana tinha uma flauta
em vez de um tremoço
que me faria mais falta.
Fiquei todo molhado,
dos pés até à cabeça
quando eu era catraio
vivia na incerteza.
Quando eu era rapaz,
trabalhava no campo
a caminhar, olhei para trás
caí dentro de um barranco.
Ainda continuo direitinho!
por muito ter vergado a mola
chouriço e pão com tintinho
e muito juizinho na carola
De um lado para o outro,
sem parar tenho andado
oriundo de humilde povo
o meu nome é Eduardo!
(Eduardo Maria Nunes)