sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

"TALVEZ, NÃO DOIS PENICOS"

 Há petróleo no Alentejo!
não para iluminar os fanicos
dará para encher um caneco
 talvez, não dois penicos?

 Por que não há lá ouro, 
despensa-se toda a sucata
em paz deixem viver o povo
chega de tanta desgraça.

O petróleo não leva a paz,
para lá pode sim levar guerra
quem por falta não é capaz
de vontade lavrar a terra.

Não vão para lá largas larachas,
à toa dessas bocarras para fora
pois, não precisamos lá de graxas
nem o fora da lei a bater à porta!

PP=M de muleta do PC.!
nada tem a haver com o AV
se cair o M também cairá o G
  começa por G, o que é? Diga você?
(Edumanes)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

"ADEUS TAP, ADEUS GREVE"

Que a viagem não seja perturbada!
de quem quiser sair ou chegar a Portugal
não seja também esta nação condenada
tão nobre e humilde a ninguém fez mal.

Eles te desprezam pátria amiga,
tem cuidado com os inimigos
haverá por aí que não acredita
que a figueira sem flor dá figos.

Adeus TAP, adeus greve,
abaixo a péssima governação
requisição civil de cara alegre
triste e tão arrogante decisão.

Sem capacidade para dialogar,
 por outras vias pensou está decidido
de quem por alguém não se preocupar
só de pensar nessa peste me arrepio
de tão perfeitos querem parecer
não se cansam de tanto ameaçar
pois, é o que mais sabem fazer
com vontade tanta de açoitar
quem lhe dá o pão para comer!

Que tudo corra com normalidade,
cuidado com a carne envenenada
carne de peru tem mais qualidade
que a ceia de Natal seja animada!
(Edumanes)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

"PODEM VENDER, NÃO NOS FAZ FALTA"

Grevistas e governação!
não se entendem as partes
se nenhuma delas tem razão
são de ambas disparates?

Não queiram tudo vender,
vendam só que nos dá prejuízo
saibam bem senhores do poder
dialogar com orientação e juízo.

Porque gente ruim a não tem,
por isso não pode vender a alma
o conteúdo de São Bento e Belém
podem vender! Não nos faz falta!
(Edumanes)

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

"IDEIAS"

Porque na vida, a vida é só uma!
não havendo opção de outra escolher
seja ou não boa, não há mais nenhuma
seja feliz, saiba com ela bem viver.

 Quando essa seja ou não boa acabar,
não se sabe se poderá encontrar outra
todos os que não têm pressa vão devagar
sem nada nas mãos, nem na algibeira rota
 das calças velhas, ainda, por remendar.

Sejam de inteligência bem dotados,
saibam nas palestras com atenção ouvir
o que têm para dizer, os não engravatados
os de camisas e colarinhos bem engomados
tentam com falsas promessas progredir!
(Edumanes)

domingo, 14 de dezembro de 2014

"FUMEIRO"

(Imagem Google)
Dos Algarves são os cavacos!
do Baixo Alentejo são os guerreiros
as vitórias, berganos, chicos e diodatos
do Alto Alentejo, ferros, pão finto e latas
 desde o sul ao norte do país, todos porreiros
 para que hoje nem nunca mais fiquem das asas
 da Águia as penas caídas no bota fogo tripeiro
 para que nunca mais aconteçam desgraças
 oremos com o benfiquista irmão poveiro
 haja, sempre tinto, queijo e carcaças
chouriços e linguiças no fumeiro!
(Edumanes)

sábado, 13 de dezembro de 2014

"TANTA FALTA FAZ"

 Mais vale saber esperar!
 para dar sempre algo ter
não, somente, poder sonhar
vale mais com a saudade viver
saber esperar, é ser inteligente
tanta falta a quem a não tem faz
sem amor e carinho muita gente
  vive no mundo sem ter paz!
(Edumanes)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

"NO CHÃO SE DESFEZ"

Um beijo perdido!
na ingratidão, talvez
dos lábios caído
no chão se desfez.
Um beijo sentido,
nos lábios não satisfez
de manhã ao acordar
do desejo atrevido
na cama a sonhar
por não ser apetecido
logo não fez despertar
o prazer adormecido.
Sem se preocupar
pela beleza atraído
a quem o beijo dar
por não ter conseguido
seus desejos concretizar.
Por ser um beijo proibido
ninguém com ele quis ficar
recusado ficou o beijo caído
no chão de noite ao luar!
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

"GABAROLA"

Apascentando as ovelhas no brejo,
não deve qualquer camelo as afugentar
porque foi recambiado para o Alentejo
não se cansa agora de tanto reclamar!

Queixa-se de tudo e de todos,
se por acaso não fez nenhum mal
no mundo são muitos não poucos
a sobrevoar o território nacional.

Não o tiram de lá para fora,
porque têm medo dele fugir
tinha tanto amor à camisola
mais ninguém a podia vestir.

O espertalhão gabarola!
dêem-lhe pão com toucinho
está precisando de esmola
Deus perdoe o pobrezinho
coitadinho, sofre da tola?
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

"NO NINHO"

Era preciso ter muita pachorra!
para se ficar calado de algo estranho
sem azeite havia gente comia açorda
o pastor dormia junto do rebanho.

Nunca mais será recuperado,
a retalhos está sendo vendido
milhões pelo serviço prestado
alguém de alguém terá recebido?

Até lhe crescerem as penas das asas!
cortaram-lhe as pontas para não voar
o pássaro com as penas das asas cortadas
por causa disso no ninho irá continuar?
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 30 de novembro de 2014

"NO CERRO DA GUARITA"

Lá no cerro da guarita!
tinha tojos e muitas carquejas
nos corgos gente sem guarida
junto de floridas estevas

Do outro lado, Vale Travesso,
 tinha bois, vacas, bestas e um feitor
de todos, não era o mais esperto
tudo pertencia a um só senhor.

 A seguir no Monte da Estrada!
todas as moças eram bonitas
tinha no Pego d'altinho uma vala,
nas bermas cobertas de silvas.

O caminho para Vale Estacas,
 de terra batida, todo esburacado
atravessavam as ovelhas e as cabras
também lá havia o gado bravo.

Raposas,  lebres e coelhos,
 pardais, picanços e piscos
rastejantes os escaravelhos
 não de trampa bons petiscos.

Com eles se regozijam,
fazem uma bola a rebolar
do bom e do melhor petiscam
deixam a conta para o Zé pagar!
(Eduardo Maria Nunes)