Lançadas, foram à toa!
palavras na água do Rio Tejo
navegaram numa velha canoa
com destino ao Alentejo.
Atracou no cais de Alcochete,
voaram na direcção de Pegões
atraídas pelo íman de um alfinete
movido no vácuo das emoções.
Naquelas imensas planícies,
onde os interesses foram tantos
corriam lebres, voam as perdizes
galgos a correr pareciam tontos.
Para temperar a bela açorda,
a correr logo foram comprar azete
ao lagar assim que chegaram a Moura
para por no cafei tiraram o (i) o lete!
Encontraram no chão o colchete,
quando passavam naquela zona
da oliveira em cima do barrete
deixou cair uma verde azeitona.
Foi medonho o estardalhaço,
ficaram entorpecidas no escuro
corria sem parar a água no regato
com ela as esperanças do futuro!
(Edumanes)