domingo, 19 de julho de 2015
sexta-feira, 17 de julho de 2015
"NUMA NOITE DE LUAR"
escorreguei no desejo
com ele me acorcovei.
Bem no fundo do prazer,
nos lábios sinto um beijo
de faminto, o ouvi gemer.
Mergulhei com esperança,
nas loucas ondas do mar
emergi em segurança
junto de uma sereia a boiar.
Não estou não ficando louco,
também não estou a inventar
louca percorrendo todo o corpo,
sensação, querendo nele acoitar.
Adormecido na ternura do amor,
quem me dera o sonho fosse realidade
nas pétalas perfumadas duma flor
imaginando a felicidade!
(Edumanes)
(Edumanes)
quinta-feira, 16 de julho de 2015
"ESTÃO P'RAÍ FALANDO"
Há menos galhofa!
sem metal tilintando
agora é só mini volta
estão p'raí falando.
Não será sortilégio,
atrás da bicicleta à nora
não passa como outrora,
no Cercal do Alentejo.
Tanta desgraça não quisera,
mais, neste mundo acontecer
a volta a Portugal em bicicleta
no futuro assim poderá ser?
(Edumanes)
quarta-feira, 15 de julho de 2015
"DENTRO D'UM CORNO"
Para se deitar à noitinha!
no vil catre uma enxerga de palha
quando para comer nada tinha
toda a noite o estômago ralhava.
Nos pés calçava as chancas,
assim o sustendo do povo
meia dúzia de azeitonas
levava dentro d'um corno.
P'ro trabalho ia cedinho,
cantando alegremente,
com esperanças no futuro
pão e uma nesga de toucinho
naquela terra de rica gente
gente rica tinha de tudo!
(Edumanes)
terça-feira, 14 de julho de 2015
"TOMBOU"
Se ao menos quisesse!
para encher o gorpelha
quem pegasse não tivesse
no cabo da forquilha.
Pior do que centopeia,
prometedor esfaimado
colhe quem semeia
colhe quem semeia
a pregar no proletariado.
Por demais no saco embutir,
não rebentou pelas costuras, tombou
para não ver de barriga cheia sorrir
alguém que com fome já chorou!
(Edumanes)
domingo, 12 de julho de 2015
"BOCADINHOS DE ESPERANÇA"
Dos montes onde outrora!
pelas chaminés deitavam fumo
muitos deles em ruínas agora
quantos não sei, muitos presumo
dispersos pelo campo à noitinha
no inverno chuvoso e friorento
ardia a lenha na lareira
pão com azeitonas o sustento
assada na braseira
às vezes metade d'uma sardinha
não duvidem, foi mesmo assim
eu cá, não invento tristezas
porque são dolorosas sim
quando muitas incertezas
tantas pareciam não ter fim!
Por veredas e caminhos
palmilhava léguas e léguas
para encontrar os carinhos
que faziam minhas esperas
eram de esperança bocadinhos
encontrá-los tanto eu quisera!
(Edumanes)
"NA PERNA"
estou, sim, sendo sincero
tenho guelra e não crista
tudo o que eu mais quero
é que sejas feliz na vida.
Recuperei duma queda,
sem ser para - quedista
vi na perna da moça bela
uma tatuagem grafista.
Quando olhava para ela,
derrapei num buraco
no chão bati com a testa
na cabeça ouvi cantar o galo!
(Edumanes)
sexta-feira, 10 de julho de 2015
"O RICO E O POBRE"

quinta-feira, 9 de julho de 2015
terça-feira, 7 de julho de 2015
"ROSAS VERMELHAS"
Dentro d'um canteiro!
a dois palmos do chão
no jardim da paixão
vive o caracol, jardineiro.
A seu lado a verde roseira,
lindas rosas vermelhas tem
junto dela numa flor também
pousou a cigarra cantadeira,
cantando cantigas de amor.
Foi convidado, o grilo pianista
com o gafanhoto galanteador
a charmosa joaninha, vocalista
também o melro ensaiador,
com a estilista, borboleta
a lagartixa apresentadora
chegou o papagaio guitarrista.
Reunidas todas as condições
formaram uma orquestra
acenderam-se os lampiões,
assim que começou a festa.
Louva-a-deus, incomodada
pediu silêncio no auditório,
na poltrona bem acomodada
tendo continuado o falatório.
Com tenção ouvia a bicharada
muda de cor constantemente
de transparente não tem nada
o senhor camaleão presidente!
(Edumanes)
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