quarta-feira, 11 de novembro de 2015

"A QUEDA DE UMA FOLHA COMBALIDA"

Se em vez da queda da coligação, em igualdade de circunstâncias tivesse sido no inverso. Aquele vulto, com duas pernas, dois braços, uma cabeça, dois olhos, um nariz e uma só boca,  a estas  horas já  o teria indigitado primeiro-ministro, sem tão pouco ser necessário ouvir quem quer que fosse!

Se me perguntassem se estou contente com a vitória,
responderia! Estou contente com a queda da arrogância
 porque sem olhar a meios quatro anos de tanta ganância
causadora de cegas medidas de austeridade sem glória!

Quem ventos semeia colhe tempestades,
quem não quer a paz, declara a guerra,
por isso aí têm os resultados dos combates
 que provocou aquela tão dolorosa queda!

Não havia nenhuma bomba a bordo,
 foi causada por quem sem cautela
atirou com má fé pedras contra o povo!
(Edumanes)

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

"DE ALBERNOA, PARA LISBOA"

Alentejano, nascido em Albernoa!
no Distrito de Beja,  Baixo Alentejo,
lá deixou a sua terra e foi para Lisboa,
tinha um carneiro, animal de estimação
deixá-lo abandonado, não era o seu desejo
para todo lado sempre o levava com afeição,
por isso, teria que o levar consigo no comboio,
mas, tinha que transformar o carneiro em cão,
não tendo sido, mesmo, nada fácil a trabalheira.
Pensou e repensou, como resolver o contraditório
na estação da CP, em Beja, dirigiu-se à bilheteira
 e pediu um bilhete para ele e outro para o seu cão,
como se diz, foi enquanto o diabo um olho esfrega
o funcionário olhou desconfiado de certa maneira
dizendo, com cornos nunca tinha visto um cão!
O alentejano, foi a magana da cadela!!!
(autor, alentejano)

domingo, 8 de novembro de 2015

"ATÉ ADMIRA"

Um alentejano,  do Baixo Alentejo, foi a Lisboa, à pergunta do seu irmão que  para lá tinha ido trabalhar nas obras.  Assim que chegou ao Terreiro do Paço viu um polícia com as mãos no traseiro. Foi ter com ele e perguntou! O senhor guarda viu por aqui passar o meu irmão? O polícia, vi lá agora o seu irmão,  nem tão pouco o conheço!  O alentejano,  até admira! Pois fique sabendo senhor guarda, lá na aldeia toda a gente o conhece!

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

"FRUTO DE OUTONO!

 Não há paz, onde há guerra!
ditadores são contra a liberdade
 sem água não haveria vida na terra
 sem amor não haverá felicidade?

Felicidade, na vida contentamento,
arrastando as folhas caídas do carapeteiro
 chapada abaixo para o rio água correndo
das nuvens passageiras, caída no cerro.

Por ser o líquido mais precioso,
de todos os que no mundo existem
para o bem estar dos que nele vivem
seja sempre o mundo maravilhoso.

Não como 3 pés a uma só trempe,
em cima dela ferve a água na chaleira
porque o mundo a todos pertence
só para si, ninguém o queira.

Como destruir o amor,
quando o ciúme mais insiste
 a ganância um mal explorador 
que no ser humano existe!

 Para os juntar à dor de cotovelo,
tem a arrogância como companheira
neste mundo como fiel companheiro
adoro o sumo do fruto da videira.

Foi uma carga de trabalho,
para pegar no cabo da vassoura
com sal, azeite e dente d'alho
também sei fazer uma açorda!

Marmelada é feita doutra maneira,
sempre bons marmelos se devem ter
 quem quiser que durem a vida inteira
bem conservados os terá de manter.

Nunca será feliz o coração,
se contrários à sua vontade
nem o amor nem a felicidade
não se compram nunca não!
(Edumanes)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

" LABUTA, OUTRORA, NO CAMPO"

Na malhada, estavam os cães, a latir,
outrora, ainda o sol estava dormindo,
 no campo, a paisagem, ainda não florir
já se via o cágado, do caracol fugindo!

 Os homens no campo lavrando a terra,
com a charrua, por juntas de bois puxada,
enquanto outros partiam à procura de nada
 barcos, de jovens, lotados para a guerra!

Com muita tristeza no rosto,
partiram para não mais voltar
sobre as ondas do mar alteroso
 de noite e de dia a navegar!

Por oceanos desconhecidos,
alguns, ainda, não tinham ouvido falar
deixaram os seus familiares entristecidos
pelas suas vidas, lá muito longe, a rezar,
para que, pudessem, ao lugar seus filhos
de onde partiram, são e salvos voltar!
(Edumanes)

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

"ESTA PALAVRA SAUDADE"

ESTA PALAVRA SAUDADE

Junto de um catre vil, grosseiro e feio,
por uma noite de luar saudoso,
Camões, pendida a fronte sobre o seio.
cisma, embebido num pesar lutuoso...

Eis que na rua um cântico amoroso
subitâneo se ouviu da noite em meio:
Já se abrem as adufas com receio...
Noites de amores! Que trovar mimoso!

Camães acorda e à gelosia assoma;
e aquele canto, como um antigo aroma,
ressuscita-lhe os risos do passado.

Viu-se moço e feliz, e ah! nesse instante,
no azul viu perpassar, claro e distante,
de Natércia gentil o vulto amado...

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

"LUTA PELO PRESENTE"

Não chores pelo que perdeste,
luta pelo que tens.
Não chores pelo que está morto,
luta por aquilo que nasceu em ti.

Não chores por quem te abandonou,
luta por quem está contigo.
Não chores por quem te odeia,
luta por quem te quer.

Não chores pelo teu passado,
luta pelo teu presente.
Não chores pelo teu sofrimento,
luta pela tua felicidade.

Com as coisas que nos vão acontecendo,
vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar
Apenas. . .segue em frente.

(JORGE MARIA BERGOGLIO)

domingo, 1 de novembro de 2015

"NO VERDE PRADO"

Depois de comer,
no prado remoía
uma vaca taurina.
Quando o sentia,
no palácio a rainha
na cama do rei gemia
era o que se ouvia dizer
de que ela feliz seria?
(Edumanes)

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

"DEBAIXO DELA"

Faz o fogo forte!
  mais rápido a água ferver
que está dentro da panela
 para mais depressa cozer
o feijão, dentro dela
em cima da trempe
 que está debaixo dela.
Palavras sem dote!
ditas por quem não sente
para se cumprir a tradição
povo pobre, Nação doente.
De barriga cheia, satisfeito,
com a chave do celeiro na mão
como se poderá evitar o despejo.
Desde aí estou, aqui, imaginando
como está pensando, talvez, não seja
creio desta vez com mais moderação
quando, hoje, o vi e ouvi discursando
sem deixar cair baba em cima da mesa
 porque, se calhar já está convencido
de que pode no meio da escuridão
 encontrar o alfinete perdido!
(Edumanes)

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

"UMA LUZ SE ACENDEU"

Encontrou em salvação!
fugindo duma tempestade
protegida, junto do coração
dentro do peito a saudade.

Numa rua sem iluminação,
naquela noite escura sem luar
das árvores folhas secas no chão
estavam caídas naquele lugar.

De repente apareceu,
vindo do céu um clarão
uma luz se acendeu
para iluminar a paixão.

Procurando com a saudade,
às escuras andava perdida
junto dela tinha a felicidade
dos olhos uma lágrima caída!
(Edumanes)