Escrevia, se eu fosse poeta!
A palavra amor nas pétalas dessa rosa
toda a noite, se a porta estivesse aberta
a saudade, não tinha ficado lá fora?
Se livrou de cair dentro dum buraco,
com tantos e grandes que os há em Portugal
se tivesse sido no inverno, tinha congelado
como foi no verão se livrou do temporal.
Há buracos na economia,
mais buracos nas exportações
de buracos tem sido uma razia
dos cofres sacaram milhões.
Há buracos ao fundo da Rua de São Bento,
tentam tapar os buracos do Largo do Rato
tantos são os trabalhadores do parlamento
sentados à mesa comendo de faca e garfo!
Quando chega a hora do diálogo,
o que mais fazem é tamanha a gritaria
por não se entenderem com o catálogo
o povo é que fica sem a demasia...
(Edumanes)