terça-feira, 19 de julho de 2016

"VERDE CAMPO FLORIDO"

Do Baixo Alentejo, natural de onde sou,
 do Monte do Pego do Alto, estou lembrando
alguma da minha juventude perdida ficou
  com o vento, nas asas dos corvos voando.

Aos vinte anos de idade,
o dever me chamou
em plena mocidade.

Chegou a primavera,
deixei o campo florido
como o destino quisera
o meu brado foi ouvido.

 Pressentimento meu,
foi no meu corpo sentida
 gota de água caída do céu.

Foi Deus que enviou
um Emissário à terra
da guerra não me livrou
mas, salvou-me a vida!
(Edumanes)

segunda-feira, 18 de julho de 2016

"CANETA"

 Com esperança e fé,
de as encontrar voltei sim,
 sem ao menos saber se longa é,
nas tardes curtas da vida,
dos olhos deixei lágrimas sem fim
caídas no chão sem guarida...

Não sei se àquele sítio voltarei?
São dum poeta que não sou eu,
foi lá que essa caneta encontrei
com a qual aprendi a escrever
esses lindos versos para eu os ler
  não sei quem foi que os escreveu.

Jamais a poderei devolver,
se a quem pertence desconheço
facto que me ajuda a compreender
se a encontrei é porque a mereço!

Foi num dia de intenso calor,
tinha sede e um copo d'água vazio,
  vi um ninho nas pétalas d'uma flor
dentro dele um passarinho sem pio.

Sem penas nas asas tentou,
não conseguiu voar, coitadinho
naquele chão duro se estatelou
porque o socorro tarde chegou
sem pio lá ficou o passarinho!
(Edumanes)

sábado, 16 de julho de 2016

"NAS ONDAS DESSE MAR"

As flores deste jardim maravilhoso,
como são de todo o litoral verdadeiras
sem esquecer as mais lindas trigueiras
do norte onde o mar é mais alteroso.

 Alentejo e Algarve,
Lindas morenas do sul
onde o céu é mais azul
e o vento mais suave.

Da  cor dos seus olhos,
se eles castanhos não são
são redondos, não repolhos
colocados no peito estão.

O desejo que os faz agitar,
nesse belo corpo ondulado
delirando nas ondas desse mar
quando nelas mergulhado.

 São como bóias de salvação,
para em segurança se mergulhar
nos momentos loucos de paixão
nas ondas, agitadas, desse mar!
(Edumanes)

sexta-feira, 15 de julho de 2016

"VALDEVINOS"


Ludíbrio, como tu, da sorte dura, 
meu fim demando ao céu, pela certeza
de que só terei paz na sepultura.

Já Bocage não sou!...À cova escura
meu astro vai parar, desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
leve me torne sempre a terra dura.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

"NA CRISTA DUMA ONDA"

Volta para mim inspiração,
porque me abandonaste aqui
nos dias e noites de solidão,
com saudades a pensar em ti.

Na da praia do Almograve,
irei procurar-te no mês de Agosto
 de manhã o calor do sol no corpo
mais suportável do que à tarde.

Te quero ver na crista duma onda,
 descaradamente, a sorrir para mim
 como que se fosses sem seres tonta
na aragem, vinda, do mar sem fim.

Já não falta muito tempo,
porque o tempo passa a correr
por isso é que não se deve perder
na vida nenhum bom momento!
(Edumanes)

segunda-feira, 11 de julho de 2016

"NÃO É SONHO, É REALIDADE"

Escrevo estas simples palavras, cujo o tema,
por ter sido compensado pelo contentamento
não foi tempo perdido, por isso valeu a pena
"120 (cento e vinte minutos) de sofrimento"!

Somos Campeões Europeus,
muitos parabéns Selecção Portuguesa
posso dizê-lo com alegria sem tristeza
de que não foi sorte caída dos céus.

Payet lesionou Cristiano Ronaldo,
sem que proveito tivesse obtido
1-0 a favor de portugal foi o resultado
sem vinganças foi quebrado o enguiço.

O engenheiro sempre disse e acertou,
de que só regressava a Portugal,
no 11 de Julho com a taça que ganhou
é verdade, hoje em França na grande final!
(Edumanes)

sábado, 9 de julho de 2016

"PERIGOSA AVENTURA"

Os pastores se abrigavam na choupana,
armazenavam sementes, num vai-vem as formigas
sem abrigo, no descampado da planície alentejana
muitas lágrimas dos olhos terão ficado caídas?

Medonho era o temporal,
causador de muitos tormentos
o Alentejo noutros tempos
foi o celeiro de Portugal.

Havia trigo com fartura,
trabalho não faltava
perigosa aventura
era, portanto, também
sem dúvidas para quem
contra a política falava.

Por causa do regime ditatorial,
 cujo o governo favorecia a exploração
quem trabalhava na agricultura em Portugal
muitas vezes para comer não tinha pão.

 Carecia de mais esforço humano,
da actual, a labuta no campo era diferente
com esperança, se ia cantando
de manhã para o trabalho, tristemente!
(Edumanes)

sexta-feira, 8 de julho de 2016

"SONHOS"

No céu, azul, de Lisboa,
vi um bando de gaivotas a voar
se o fado nasceu na Madragoa
no Bairro Alto se ouviu cantar!

Seja feito à nossa vontade,
vencedores sejamos da final
vamos enfrentar a tempestade
em França, não em Portugal.

Não vai ser nada fácil,
também não é impossível
que o seja menos difícil
para ser mais agradável.

 Ontem à noite tive uns sonhos,
de manhã acordei sonolento
com pressentimentos medonhos
vi nuvens negras voando no vento!

Nada mais tenha sido do que isso,
 tenham sido só e apenas nuvens negras
de que vai haver nos pátios e pracetas
de Portugal, muita alegria acredito.

Que o sonho do senhor Engenheiro,
para nossa alegria seja concretizado
aqui em Portugal, e no estrangeiro 
pela luz da esperança seja iluminado!
(Edumanes)

quarta-feira, 6 de julho de 2016

"DO MAR EGEU, PARA O VALE DA PINTA"

Aventureiro no Mar Egeu,
navegava numa frágil embarcação
para se desviar dum  turbilhão
contra uma onda gigante embateu.

O alarme soou,
acolhido no porão
por um triz se salvou
do perigo iminente
bem se lembra ainda
o feliz sobrevivente.

Vive feliz numa quinta,
com o que tem contente
lá para as bandas do Cartaxo 
foi visto montado num macho
a caminho do Vale da Pinta!
(Edumanes)

terça-feira, 5 de julho de 2016

"SEM TRABALHAR"

A fortuna de alguém,
não veio no vento a voar
quem a herdou, porém 
de alguém sem trabalhar.

Coabita com a humildade,
quem quase dinheiro não tem
 para a vigarice sem habilidade
há muito boa gente também!

Por isso muitas vezes sem ceia,
sem conta, noites passadas no leito
nunca se apropria de coisa alheia
por saber que a ela não ter direito!

O que amanhã irá acontecer,
num aperto de mão não se sente
sem a gente disso se aperceber
muita coisa muda de repente!
(Edumanes)