segunda-feira, 17 de outubro de 2016

"MANJERICOS À JANELA"

Agricultura à moda antiga,
aos pontapés com os torrões
semeando as sementes na terra
não atrai as novas gerações,
porque têm melhores condições de vida
do arado não precisam de virar a aiveca!

Nunca se irão aborrecer dela,
já nasceram com a liberdade
 mas se algum dia faltar o pilim
então é que irão sentir a dificuldade,
não serão só vasos de manjericos à janela
nem só flores do campo nem do jardim
a cor da fome é que será amarela?
(Edumanes)

domingo, 16 de outubro de 2016

"NA TERRA LAVRADA"

Inimiga da humildade,
  nos ouvidos tão mal me soa
ganância sem dó nem piedade,
esgana qualquer uma pessoa!

Porque, o boato é perigoso,
fere mais do que uma lâmina
neste mundo, o ganancioso
muito promete em campanha,

Obtém abundante colheita,
todavia, sem mexer uma palha
aquele que manda não semeia
as sementes na terra lavrada.

Não vivo revoltado,
porque muito amo a vida
tenho pouco porque trabalho
estou contente por viver
sou como a formiga
que trabalha para comer!
(Edumanes)

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

"ROSAS, ESPINHOS E FOLHAS"


Porque, a roseira não têm só rosas,
 também têm folhas e alguns espinhos
na vida há muitas coisas maravilhosas,
sem penas não voam os passarinhos!

 Mas, também na vida há maldades,
 que nos causam dolorosas mazelas
 despidas no Outono ficam as árvores
 com o vento voam as folhas amarelas.

Mas, quando chega a primavera,
elas se vestem de verdes ramos
até lá com esperança se espera
de que não beneficiem enganos!
(Edumanes)

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

"NA CASA DOS SARILHOS"

De Sarilhos Grandes a Coina,
é uma passada de caracol
habita numa casota
saiu à rua para ver o sol.

Mas, o pobre coitado,
foi num dia azarento
com fome, revoltado
na Rua de São Bento
cidadão sem ordenado
 junto ao Parlamento
foi preso não condenado
sem qualquer argumento
logo, a seguir foi libertado.

Está sendo a vida dos caracóis,
com tanta barulheira perturbada
como o pobre que de dia trabalhava
outrora, à noite dormia sem lençóis
em cima duma enxerga de palha!
(Edumanes)

terça-feira, 11 de outubro de 2016

"O NASCER DO SOL"

Quando as armas se calarem,
e o sol de manhã, não deixar de nascer
 as estrelas no céu continuaremos a ver
de noite, se elas não se apagarem.

Antes e  depois do sol se por,
a paz no mundo será realidade
se no coração das pessoas o amor
verdadeiro, construir amizade.

Em paz, com alegria, amor e paixão,
viver neste mundo vai ser formidável
os homens mais armas não construirão
quando deixar de ser negócio rentável!
(Edumanes)

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

"NA TERRA DE NINGUÉM"

Teria sido levada por alguém,
quando lá cheguei não estava
fui à procura de uma lágrima
perdida na terra de ninguém!

Triste, voltei para trás sem ela,
sem saber onde é que ela estava
fui informado que está sepultada
nas pétalas de uma flor amarela.

Pensando nela, de luto me vesti,
debruçado no parapeito da janela
noite escura olhando para o céu, vi
estrelas a brilhar com saudades dela!
(Edumanes)

sábado, 8 de outubro de 2016

"BRANCA E AMARELA"

Não a pé, fui num sonho,
à Serra da Peneda
pendurada num tanganho
lá deixei a minha jaqueta.

Junto dum medronheiro
carregado de medronhos
por não me serem estranhos
os quais não os desconheço.

Devagar com sucesso,
sem pressa desci o cerro
no caminho p'ro Alentejo
há coisas que não percebo?

Quando dei por falta dela,
já era mais tarde do que cedo
no campo uma flor branca e amarela
colhi no meio de tanto sossego.

Encontrei uma moça bela,
cabelos presos com uma fita
ao colocá-la na mão dela
disse, é  para ti morena bonita

Não sei por que motivo,
já com a flor na sua mão
para mim, fez uma careta
dizendo não era preciso,
sem qualquer explicação.

 Mas eu percebo que a vida,
 não vivida de qualquer maneira
pode ser sempre mais bela
mesmo sem guito na algibeira
para comprar uma pelica
 eu cá, fui à feira da Abela!
(Edumanes)

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

"COM A SAUDADE E A LEMBRANÇA"

Não se fartam de tanto especular,
 porque o silêncio também incomoda
tem boas pernas, não se cansa de andar
da política mal dizer continua na moda!

Sou, sim, cidadão português,
não desertor do meu país,
não sou como aquele que diz
 de que ao contrário não fez!

Porque, fui recambiado,
lá para os confins do mundo
voltei, sem ter sido condecorado
ao cais onde embarquei, são e salvo
 porque o barco não foi ao fundo.

Sem nunca, lá por onde andei,
 ter perdido a esperança
fui triste contente voltei
com a saudade e a lembrança!

Para sempre até morrer,
guardo-a no meu coração
defender a minha Nação,
como cidadão é o meu dever!
(Edumanes)