quarta-feira, 25 de junho de 2014

"PALAVRAS SOLTAS NO VENTO"

MOTE
O engenheiro do penta
é o único que se aguenta!

Tintinaine escreveu o mote!
nas ondas do Lago Niassa a todo o vapor
ex-fuzileiro, comandante do bote,
 de Metangula a Cobué, navegador.

Fernando Santos, sabe seleccionar!
português, treinador da selecção grega
rumo aos oitavos de final a navegar
para que amanhã aconteça
 um milagre, vamos todos rezar,
irmãos, pela Selecção Portuguesa.

Queremos alegria não tristeza!
faz qualquer coisa, Sr. Paulo Bento,
 ao melhor do mundo, diz com certeza
que não deite frases soltas no vento
que mande cinco framboesas
baliza do Gana dentro!

Tudo pode acontecer!
difícil sim, impossível não é
porque é a última a morrer
ainda tenha esperança e fé.

Grande coisa não ficou!
mas, é melhor do que nada
a pensar na Vitória estou
ela, nua na cama deitada!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 23 de junho de 2014

"COMODISMO"

De tão arraigados, estão, ao comodismo!
dá impressão que se esqueceram da felicidade
dependendo, pertinazmente, do individualismo
poderá, até, ser drama da moderna sociedade.

A união faz a força, o trabalho produz riqueza,
enquanto aqui houver tanta desigualdade
nesta sociedade mais aumenta a pobreza
seja qual for o pais, onde não houver unidade
sem prosperidade, desenvolverá a incerteza.

Falo assim porque conheço a realidade,
caso contrário estaria a falar do imaginativo
porque o digo sim com toda a sinceridade
repor a justiça social neste país é preciso!
(Eduardo Maria Nunes)

sábado, 21 de junho de 2014

"PAPOILAS VERMELHAS"

(IMAGEM GOOGLE)
Correndo junto à ribeira!
no Alentejo,  um gaiato
descalço na brincadeira
atirava pedras no charco.

Na vida encontrou o mote!
 depois duma triste despedida
 filho de uma mulher sem sorte
  muito jovem perdeu a vida.

Pausada nas feridas da dor!
nascida da perfeita natureza
encontrada nas pétalas da flor
não voou no vento a tristeza.

Sem regresso custam tanto!
 nas verdes paisagens floridas
papoilas vermelhas no campo
 tão tristes são as despedidas.

O mundo filosofando!
quase ninguém o quer ouvir
tanta gente de dor chorando
sem vontade de sorrir...
(Eduardo Maria Nunes)

quinta-feira, 19 de junho de 2014

"VÂNDALOS"

No pomar as laranjeiras!
tudo em seu devido lugar
não batam mais com a porta
parem de parir mais asneiras
não puxarão mais a corda
quando alguém acordar.

Nem nunca nem agora!
deixem voar em liberdade
todas as rolas fora da gaiola
não as depenem por favor
governem com humildade
não causem mais terror.

 Depois das medidas goradas,
só o que têm feito é besteiras
elas estão lá para serem pisadas
 passo sempre nas passadeiras.

Só compreendem as decisões,
as que são a seu favor com certeza
arraigados heróis das contradições
 vândalos da Nação Portuguesa!

Mais um corte na pensão,
pelos causadores da pobreza
este mês menos 14.59 €uros, são
boa gente não são de certeza!
(Eduardo Maria Nunes)

terça-feira, 17 de junho de 2014

"O RESULTADO ESTÁ À VISTA"

Zona verde do Parque Expo, quando gerido pelo sector público era assim.
Agora gerido pelo sector privado está assim.
Afinal quem é que zela mais pelo bem estar das populações?
Os privados só pensam nos lucros. Os actuais vendedores da nação metem nojo! 

domingo, 15 de junho de 2014

"RIO ABAIXO"

Lá do ponto mais alto!
entre margens de verdura
corre a água doce rio abaixo
à salgada no mar se mistura.

 Corta-se o trigo com a foice,
 o martelo bate na cabeça prego
os fenos guardam-se no palheiro
a mula na parede deu um coice
o vento abanou o marmeleiro
no chão caiu um marmelo.

Com ele fez marmelada!
no chão, caída de uma flor
pisou a pétala perfumada
andava à procura do amor,
no jardim, moça apaixonada.
(Eduardo Maria Nunes)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

"SEM BATOTA"

O homem venceu!
a mulher sorriu
a terra estremeceu
o mundo não ruiu.

O vento zumbiu!
uma estrela brilhou
a planta verde floriu
a borboleta voou.

A vida é mesmo bela,
para ser bem vivida
a moça abriu a janela
 para entrar a brisa.

No céu já brilha o sol,
são horas de se levantar
de casa às costas o caracol
corre, corre sem parar.

Vamos todos apoiar,
a nossa selecção, na copa
vai jogar bem para ganhar
a taça sem fazer batota!
(Eduardo Maria Nunes)

segunda-feira, 9 de junho de 2014

"É SIM SENHORI"

O Alentejo é um deserto?
compadri, é sim se senhori
passa por o mais esperto
o mais,  burro e o doutori
todos pelo caminho certo
vão do norte para o Algarve
atrelados levam na roulote
da mais, a mais bela arte
de Euros levam um fartote
as suas férias para lá vão gozar
 desde Vila Real de Santo António
até Sagres, há mar e mar, há ir e voltar
há festa, baile e música de harmónio
Monte Gordo, Manta Rota e Tavira
Quarteira,  Vila Moura, vida especial
depois Monte Choro, Albufeira
 Lagos, Portimão Lagoa e Parchal
 lá próximo, Armação de Pêra!
(Eduardo Maria Nunes)

domingo, 8 de junho de 2014

"POR QUE NÃO ENTENDE"

Quem não tem coração não sente!
a mais correcta tomada decisão
é por que não quer ou não entende
 aquele que protesta sem ter razão.

Muito antes do sol nascer,
da cama se levantou a sonambular
sonhando alto voar, sem asas ter
 não o viu, tropeçou num alguidar
   com a cabeça no chão foi bater.

  Fez um galo na cabeça,
 não se farta  de cantar
 as galinhas na capoeira
   todas elas quer galar.

  Nas pétalas duma flor,
pousado estaria o zangão
no teatro o ensaiador
também a abelha mestra
em frente da orquestra
com a batuta na mão.

No mundo da ilusão,
sem ter asas querer voar
só se for na imaginação
ou então a sonhar!
(Eduardo Maria Nunes)

sexta-feira, 6 de junho de 2014

"DE BALIZÃO PARA BEJA"

Com ou sem chuva.
bom fim de semana
numa louca aventura
dentro duma cabana!

Leiam esta história por mim contada,
tenha sido ela sim ou não verdadeira
na estrada da imaginação foi encontrada
 de Baleizão para Beja, não para a Vidigueira.

Em Baleizão, mãe e filha viviam numa, modesta, casinha com o seu burrinho. A moça cresceu, a coisa dela começou a aquecer, com seu dela namorado deu uma cambalhota e engravidou.  Com dores de barriga se queixou a sua mãe. Dizendo ai! mãe tenho tantas dores de barriga. Sua mãe desconhecendo o anterior acontecido, disse: está bem minha filha, despe o teu vestidinho de chita, o único que ela tinha, que é para a mãe o lavar. Depois vamos a Beja, ao senhor, era doutor, mas a mãe da moça pronunciava doutora Covas Lima e quero que vás muito grave. Assim foi, montaram-se as duas no burrinho e lá foram elas de Baleizão para Beja. O consultório ficava situado no jardim do Bacalhau, em Beja. "Também eu conheci o senhor doutor Covas Lima". Até aí tudo bem, o pior aconteceu depois do senhor doutor ter consultado a moça. Cujo o diagnóstico acusou gravidez. Disse: o doutor para a mãe da moça, a tua filha está grávida, ai! senhor doutora, não diga isso a minha filha só  tem esse vestidinho. Ela percebeu que a filha estava grave e não grávida. A palavra grave no Alentejo,  quer dizer  uma pessoa bem vestida. Como ela não tinha percebido antes, o doutor virou-se para ela e disse: a tua filha não está grávida, está prenha. Ah! magana dum cabrão para cá viestes a cavalo para lá hás-de ir a peia!
(Eduardo Maria Nunes)