terça-feira, 7 de julho de 2015

"ROSAS VERMELHAS"

Dentro d'um canteiro!
a dois palmos do chão
no jardim da paixão
vive o caracol, jardineiro.
A seu lado a verde roseira,
lindas rosas vermelhas tem
junto dela numa flor também
pousou a cigarra cantadeira,
cantando cantigas de amor.
Foi convidado, o grilo pianista
 com o gafanhoto galanteador
a charmosa joaninha, vocalista
também o melro ensaiador,
com a estilista, borboleta
a lagartixa apresentadora
chegou o papagaio guitarrista.
Reunidas todas as condições
formaram uma orquestra
acenderam-se os lampiões,
assim que começou a festa.
 Louva-a-deus, incomodada
pediu silêncio no auditório,
na poltrona bem acomodada
 tendo continuado o falatório.
Com tenção ouvia a bicharada
muda de cor constantemente
de transparente não tem nada
o senhor camaleão presidente!
(Edumanes)

segunda-feira, 6 de julho de 2015

"UM CARANGUEJO NA AREIA!

Nuns lindos olhos encontrei!
a esperança que andava perdida
não digo de quem são mas sei
que são duma moça bonita.

Só não sei onde ela mora,
não me quis dizer onde habita
procurando ela ando à nora
agora, não sei onde está metida.

Continuando as investigações
para o seu paradeiro descobrir
segundo, recebidas, informações 
a caminho da praia ia a fugir.

Oh! Pernas para que te quero,
atrás dum desejo fui a correr
na areia por causa dum beijo
onde estaria fiquei sem saber.

Tropecei num caranguejo,
que se meteu à minha frente
bati com a tola num seixo
a sangrar, fiquei de repente
não do pé, mas sim do joelho.

Há dias de muito azar,
 daquela praia fui a sorte
 para o campo procurar
porque subi numa azinheira
cai em cima dum cavalo a trote
arre macho disse na brincadeira.

Não era macho, não era mula,
porque era burro
também não foi aventura
nem aconteceu no escuro.

A correr me deitou abaixo,
lá fiquei estatelado no chão
com muitas dores num braço
 aflito batia o meu coração.

O mariola do burro ouviu,
deu dois coices no vento
desapareceu naquele momento
nunca mais ninguém o viu!
(Edumanes)

domingo, 5 de julho de 2015

"DESPINDO O CHAPARRO"

No mundo procurando!
o que antes não tinha perdido
nasci, não sei se chorando
cantando não terá sido?

Por aí tenho andado,
 chapada abaixo rebolando
vi do tronco de um chaparro
alguém cortiça tirando

 Bebi água pelo cocharro,
com atenção estava olhando
para quem despia o chaparro
não vi nenhum protestando.

Viver feliz,  sem ai nem ui,
sem andar no mundo à toa
não sei se voltarei aonde fui
 pássaro sem penas não voa.

Sem água no deserto,
o sol, distante do chão
perigoso, na terra aberto
sem fundo um buracão.

Pelo caminho certo seguindo,
 sem nunca se perder a orientação 
quem quiser viver feliz sorrindo
não deve contrariar o coração.

Não ando por aí mentindo,
minha missão não ser essa
de ninguém ando fugindo
 sinto-me feliz aqui na terra!
 (Edumanes)

sábado, 4 de julho de 2015

BOM FIM DE SEMANA, COM AS "PASSARINHAS E PASSARINHOS"

Desesperado, coitadinho!
não se cansa de tanto piar
depenado passarinho
sem penas não pode voar.
Esperando lá no seu ninho
que a passarinha o vá buscar,
 esperanças, muitas, tem ainda
de um dia no ninho dela poder pousar
quando a passarinha estiver no ninho
chocando os ovos, não os pode abandonar
por isso no bico, vai levar o passarinho
água para no bico da passarinha dar!
 não imaginem, está acontecendo
 o passarinho querendo meter
o seu bico no bico da passarinha,
 de certeza você daí está vendo
porque eu daqui estou a ver!
(Edumanes)

quarta-feira, 1 de julho de 2015

"NOUTROS LÁBIOS"

(Imagem Google)
Volátil, beijinho, dos lábios se desprendeu,
como o passarinho, que a voar saiu do ninho,
 por entre as nuvens, no céu azul, desapareceu.

Onde não o procurei,
provavelmente, perdido
imagino, por que não sei
talvez,  no infinito?

De o procurar não desisto,
esperando que o lá vá buscar
já sei onde o posso encontrar 
noutros lábios escondido!
(Edumanes)

terça-feira, 30 de junho de 2015

"ROSAS VERMELHAS"

Levantei-me, lavei a fronha!
calcei os ténis, fui correr
 chamar ouvi uma voz estranha
 de quem era fiquei sem saber.

 Pelo caminho que fui, voltei,
vi no céu o sol a brilhando
na roseira vejo, não inventei
 rosas vermelhas desabrochando,

 Poder imaginar o futuro risonho,
melhor do que o presente está sendo
que seja muito mais do que um sonho
 sem parar o tempo passa correndo!
(Edumanes)

domingo, 28 de junho de 2015

"SE TIVESSE ASAS"

Não digo e não faço  nada a fingir!
para continuar a sorrir com alegria
tentava para longe da morte fugir 
se eu soubesse quando morria.

Gostava que fosse devagarinho,
por que não tenho pressa de viajar
se tivesse asas como um  passarinho
alto voava para ela não me apanhar.

Esse dia chegará, tristemente,
 quem mente não fala verdade
sem amor tristeza coração sente
quando partir fica a saudade!

Também o são de muita tristeza,
se o dissesse ao contrário mentia
tanto adoro esta Nação Portuguesa
os poemas não são só de alegria!
(Edumanes)

sexta-feira, 26 de junho de 2015

"ALQUEIVE"

Caída no alqueive!
foi vista uma pestana
onde o sol mais aquece
na planície alentejana.

Dos olhos caída, tristemente!
estava uma lágrima sem guarida
sem beira nem eira,  para sempre
lá ficou com a esperança perdida.

 Não sei se vale a pena chorar?
 por se perder uma oportunidade 
muitas outras mais virão, se calhar
a quem precisa, trazer felicidade.

Todavia, não de qualquer jeito,
com as lembranças e as saudades
bem guardadas dentro do peito!
(Edumanes)

quarta-feira, 24 de junho de 2015

"AMOR, COM AMOR E PARA"

 Não tenha continuidade!
 o que está acontecendo
deixa-nos ficar a saudade
o tempo passa correndo.

Se afaste toda a desgraça,
 para na vida feliz se viver
amor, com amor se paga
sempre tenho ouvido dizer.

Está virando tudo do avesso,
furioso por não ser respeitado
porquanto o homem no Universo
 da realidade está dessintonizado.

 Acreditando vencer a natureza,
com a sua destruidora arrogância
só mesmo a  pensar com certeza
que da morte o salva a ganância.

Porque, não terá salvação!
quem está destruindo o planeta
por não ter alma nem  coração
não os fere numa baioneta?
(Edumanes)

domingo, 21 de junho de 2015

"COMEÇAVA A CLAREAR"

Noite escura observava!
folhas secas numa árvore
toda de verde iluminada
ver arder o que não arde
naquela noite imaginava
com os versos a falar;
ouvir a poesia apaixonada
lá no meio do arvoredo!
Já começava a clarear,
na fonte de inspiração;
era o destino sem medo
carregado de emoção
com o poeta a caminhar;
transportando a paixão
na alma e no coração
 numa noite sem luar!
no silêncio da noite sorriu
de alegria para elas a olhar
lá longe muitas o poeta viu
no céu,  estrelas a brilhar!
(Edumanes)