quinta-feira, 23 de junho de 2016

"ÁGUA TURVA NO RIO TEJO"

Não sendo aquele lodo uma ameaça,
como a fome já ameaçou no Alentejo
imaginando estar à beira do Lago Niassa
 olhando para a água turva no Rio Tejo.

Utilizada num vai e vem diariamente,
lá está a passagem para a outra banda
para lá do lodo um pouco mais à frente
estamos vendo a ponte Vasco da Gama!
(Edumanes)

segunda-feira, 20 de junho de 2016

"UM ALENTEJANO, EM TRÁS-OS-MONTES"

Aqui está o testemunho, 
não foi visto por um canudo
 pelos caminhos de Portugal
fui conhecer outros horizontes
junto à Estátua de Carvalho Araújo
de como estive de Trás-os-Montes
naquela linda cidade de Vila Real
nos dias 18 e 19 de Junho!

Para lá fui por Viseu,
voltei pelo Túnel do Marão
sem terem surgido entraves
ao lado do Estádio do Dragão
 desiludido com a nossa selecção
 porque só consegue empates
não vai à final penso eu?

Quanto ao convívio,
erros não tenho para apontar
de nada, mesmo, fiquei desiludido
com saudável companheirismo
foi um dia muito bem vivido
para com saudades recordar!
(Edumanes)

sexta-feira, 17 de junho de 2016

"POR VISEU, OU PELO MARÃO"

A caminho de Vila Real,
a conduzir não se bebe vinho
amanhã, de manhã cedinho
pelos caminhos de Portugal,
desejo com alegria sem fim
para os alegres viajantes
boa viagem para mim
e para os restantes!
(Edumanes)

quinta-feira, 16 de junho de 2016

"VERGA A MOLA"

Como dantes não atraindo,
o interesse está perdendo
a sua morte estou pressentindo
a blogosfera está morrendo!

Quando fores ao Alentejo,
cheia de bolotas traz uma sacola
não a deixa ao passar o Rio Tejo,
cair dentro duma Piroga!

Se fores ao Alentejo, verga a mola,
se tiveres sede bebe água por um cocharro
da fonte, à sombra dum chaparro
se tiveres calor dorme folga.

Alentejo, terra de gente labutadora,
 dos marmelos sabe fazer marmelada
 no jardim, poda a roseira com a tesoura
 sem ferir as pétalas da rosa desabrochada.

Por causa do vento  gelado,
no inverno cuidando das ovelhas,
na cabeça coloca a boina d'orelhas
o pastor encostado ao cajado!
(Edumanes)

quarta-feira, 15 de junho de 2016

"POBRE ESTUPIDEZ"

A história que eu, aqui, vou contar,
é verídica, não foi por mim inventada,
uma pessoa de minha família veio da aldeia
a Lisboa, me visitar na casa onde eu morava.
O dito meu familiar me convidou,
para ir com ele aos Olivais, um amigo dele visitar.
Com ele fui eu e o meu, falecido, sogro,
quando lá chegamos só estava a irmã do amigo do meu familiar,
esperamos que ele chegasse, quando chegou, as visitas desprezou
antes de perguntar à sua irmã! Já fizeste o jantar, traz lá o almoço,
junto à mesa numa cadeira se sentou, e toca a enfardar!
Não quis saber das visitas, o mal dele seria a fome
 se tinha razão, a razão não justifica a estupidez
 pelo facto de ser pobre
não impede de ser bem educado, cidadão português!
(Edumanes)

terça-feira, 14 de junho de 2016

"MALDADE CEGA"

O pouco que sobrou,
de quase nada
a piratagem se apropriou
do ouro e da prata.

O pobre sem cobre,
ficou com a lata velha
 atafulhada de miséria
 no mundo da fome.

O terror não amainou,
em seu redor tudo devora
 a paz em lá chegar demora
 onde a guerra se instalou.

A maldade nasceu cega,
dos dois olhos para nada ver
ódio no mundo arremessa
com o amor não sabe viver.

  Desfavorável à pobreza,
 a guerra nunca mais acaba
porque favorece a riqueza
no mundo desenfreada!
(Edumanes)

segunda-feira, 13 de junho de 2016

"ATÉ À NOITINHA"

Um dia de manhãzinha,
para me livrar do calor
fui beber água à fonte
de manhã pela fresquinha
encontrei lá no monte
 Margarida, linda flor!

Sentados numa pedrinha,
nos olhos um do outro olhando
apreciando as flores no campo
lá ficamos até à noitinha.

Naquela noite lá no monte,
tenha sido ou não com razão
não nos livramos dum sermão
quando voltamos da fonte.

Tolice a gente não fez,
Margarida, moça bela
ainda mantinha os três,
por respeito à tradição
nem num só cabelo dela
me deixou pôr a mão!
(Edumanes)

domingo, 12 de junho de 2016

"AVENTURA"

A uma pessoa, nesta vida,
acontece-lhe cada coisa
até parece que foi mentira!

Ao desviar-me dum torrão,
por uma estrada de terra
a cavalo numa bicicleta
um dia a caminho de Garvão.

Passei por cima duma pedra.
dei um grande trambolhão
entrei pela porta, saí pela janela.

Já foi há muito tempo,
que essa aventura aconteceu
fenómeno considerado teria sido
se no Entroncamento
tivesse acontecido, 
mas foi no Alentejo que aconteceu.

Porque, um mal nunca vem só,
sem estar munido de prévia autorização
por ter entrada na propriedade privada
fui punido com agravada repreensão.

Quando acontece uma desgraça,
 também, no nariz fiz um arranhão 
quando bati com a minha santa testa
naquela maldita porta do xilindró.

Da tola fiquei tonto,
não sei onde perdi a bicicleta
vou ver se a encontro.

Já fui e voltei,
pela mesma estrada
a bicicleta não a encontrei
mas encontrei
essa flor perfumada!
(Edumanes)

sábado, 11 de junho de 2016

"CHAVELHO"

Seja, sempre, acarinhada,
amargurada não seja a vida
nem em pensamentos injuriada
de ser vivida seja digna
nunca a vida seja desgraçada.

Não a uma folha comparada,
seca, no ramo da árvore  no outono
 em nenhum lugar seja abandonada
 merece carinho, e não abandono.

Por onde andas tu alegria,
qual foi o mal que te fizeram
devolve à vida a tua simpatia
onde não estás, te esperam.

 Dá-nos em adoçante,
os teus beijos embebidos
com voz meiga de amante
segreda-nos aos ouvidos.

Dentro duma cabana,
à luz da candeia
para alumiar a pestana
e satisfazer o bocejo...
Comendo um pedacinho de pão,
com azeitonas do chavelho,
para se manter a chama acesa,
na fogueira da paixão!

"Se um dia o sol se apagar,
no infinito dos céus
quero a luz do teu olhar
e o calor dos braços teus"
(Edumanes)

sexta-feira, 10 de junho de 2016

"CEIFANDO O TRIGO"

Camões, Grande Camões,
no mundo não há igual
não cabe dentro dum punho
viva o povo, viva Portugal 
viva as comemorações
do dia 10 de Junho!

Como é que será o futuro?
Neste país maravilhoso
escutem o que eu digo
ainda não levaram tudo,
deixaram ficar o restolho
só quiseram levaram o trigo.
Também só tiraram algumas letras
das palavras por Camões escritas,
não vergam a mola para limpar valetas
até já não sabem cortar fitas,
alguma gera-confusão de portugueses?
Via mais o Grande Camões,
do que aquelas e aqueles 
que nele só viam um olho!

Na terra onde nasci,
ceifando o trigo à calma
tanto amo a Pátria minha
Alentejo da minh'alma!
(Edumanes)