quarta-feira, 4 de novembro de 2015

"ESTA PALAVRA SAUDADE"

ESTA PALAVRA SAUDADE

Junto de um catre vil, grosseiro e feio,
por uma noite de luar saudoso,
Camões, pendida a fronte sobre o seio.
cisma, embebido num pesar lutuoso...

Eis que na rua um cântico amoroso
subitâneo se ouviu da noite em meio:
Já se abrem as adufas com receio...
Noites de amores! Que trovar mimoso!

Camães acorda e à gelosia assoma;
e aquele canto, como um antigo aroma,
ressuscita-lhe os risos do passado.

Viu-se moço e feliz, e ah! nesse instante,
no azul viu perpassar, claro e distante,
de Natércia gentil o vulto amado...

6 comentários:

  1. Muito obrigado por trazer a biografia deste escritor que desconhecia por completo e fiquei curioso em ler os Contos.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

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  2. Oi Eduardo,agradecemos por compartilhar a biografia desse escritor,que também eu não o conhecia.
    Lindos os versos.
    Bjs e obrigada pela visita.
    Carmen Lúcia.

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  3. Obrigado por esta partilha. O escritor só conhecia de nome e pensava mesmo que era português.
    Um abraço

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  4. Já conhecia este poeta da corrente parnasiana, mas não conhecia este poema.
    Muito bem escolhido; um clássico.
    Boa noite, Eduardo.
    xx

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  5. Parabéns por recordar este poeta, que estudei no Liceu.


    Bons sonhos, caro Eduardo

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  6. Estou como alguns dos comentadores acima, nunca ouvi falar deste poeta. Mas em mim não é de admirar, pois poesia só se rimar com bom petisco ou com sumo da uva (e outras coisas que tenho vergonha de confessar).

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