quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

"DA TERRA À MESA DOS CONSUMIDORES"

Já tive oportunidade
 e tempo para as contar,
mas ainda as não contei,
por isso estou a pensar
com toda a sinceridade
 quantas, dizer não sei?

 Até ser pão,
no forno cozido
os grãos de trigo
muitas voltas dão.

Num vai e vem,
quem se sente mal,
onde não se sente bem,
dá-se bem em Portugal,
que bom clima tem.

Tem flores e não só,
como sendo a riqueza
 coisas que não metem dó
à paisagem dão beleza!
(Edumanes)

9 comentários:

  1. Malhar em centeio verde!
    Nunca deves ter ouvido este ditado, pois são coisas cá do norte, mas foi o que me veio à ideia, quando comecei a ler os teus primeiros versos deste poema. Os grãos de trigo ou de centeio dão muitas voltas e levam muita porrada até se transformarem em pão. Quero crer que há pouco quem pense nisso, quando mete o dente num pedaço de pão.

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    Respostas
    1. Com o malho, por mim malhado na eira,
      comi muitas papas de farinha de milho
      embora o pão de centeio não desconheça
      no Alentejo fui habituado ao pão de trigo.

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  2. Olá Edumanes,
    Adoro pão bem cozido e adoro mais este belo poema!
    Belo, bem escrito e "saboroso".
    Beijinhos

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  3. Lembro-me bem quando em miúda via os homens na eira a malhar o trigo.
    Abraço

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  4. Como eu gostava, do cheirinho do pão a cozer no forno a lenha dos meus avós.
    Maravilhoso poema
    Beijinhos

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  5. As oportunidades nem sempre voltam...
    O cheirinho do pão fresco...ah que delícia!

    Belas palavras, edu.

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