© TVI24 Covid-19: nesta vila não entra nada, muito menos o vírus
Zahara de la Sierra é uma vila fortaleza no sul de Espanha, acostumada a afastar o inimigo. Assim foi nos tempo medievais, com as lutas entre mouros e cristãos, assim foi nas invasões francesas, no ano de 1812. Assim volta a ser, mais de duzentos anos depois, mas agora com um adversário invisível, o novo coronavírus.
Porque o seguro morreu de velho, como alegam a sabedoria popular e o presidente da câmara de Zahara, logo no dia 14 de março, o autarca decidiu encerrar 4 das 5 entradas da vila, aproveitando o facto de a localidade ser uma fortaleza no alto da zona rural de Andaluzia.
Entretanto, Espanha registou mais de 112.000 casos de Covid-19 e 10.300 mortes, e a vila, desligada do mundo, nem uma infeção, nem um único óbito entre os 1.400 habitantes.
Isto está a acontecer há duas semanas, e acho que é um bom sinal", confessou Santiago Galván, o presidente da câmara, à 'CNN'.
Contudo, o vírus não entra só porque as portas, tal e qual como nos tempos medievais, estão encerradas. Santiago Galván implementou outras medidas radicais, todas com o apoio dos habitantes, especialmente os mais velhos, que representam um quarto da população.
Na única entrada da vila que continua aberta, existe uma barreira de verificação, controlada por um polícia. Depois, os carros aos quais é permitida a entrada são lavados com água e uma espécie de lixívia, por dois homens vestidos com equipamentos de proteção individual. Porém, o controlo dos automóveis não fica por aqui: depois da lavagem, há que mergulhar as rodas numa espécie de piscina, para ter a certeza que se encontram desinfetadas.
Santiago Galván relembra que as medidas podem não ser totalmente eficazes, mas são uma questão de segurança.
Temos de dar tranquilidade aos nossos habitantes. Eles sabem que ninguém desconhecido consegue entrar".
Dentro de portas, também há procedimentos regulares para que o inimigo não vença a batalha: "Todas as segundas e quintas-feiras, por volta das 5 e meia da tarde, um grupo de 10 homens sai à rua para desinfetar a vila, todas as ruas, praças e as fachadas das casas".
Além disso, os mais idosos não foram esquecidos: duas mulheres, diariamente, fazem entregas de compras de supermercado e medicamentos, para reduzir o número de pessoas na rua, especialmente as que estão vulneráveis à doença.
Eles tomaram as medidas certas, no momento certo, e agora estamos a ver os resultados", garante uma das tarefeiras, também à 'CNN'.
Não esquecer, por fim, que a câmara municipal vai pagar os custos com a eletricidade, a água e os impostos dos negócios locais, durante o período em que vigora o estado de emergência. Para o presidente, as medidas são mais do que uma ajuda financeira, são uma forma de preservar Zahara como uma comunidade. Ainda assim, Santiago Galván sabe que não existem mundos perfeitos e que, se o estado de emergência se mantiver ao longo de muitas semanas, a vila irá precisar da ajuda financeira do governo de Madrid.
Zahara de la Sierra é uma vila fortaleza no sul de Espanha, acostumada a afastar o inimigo. Assim foi nos tempo medievais, com as lutas entre mouros e cristãos, assim foi nas invasões francesas, no ano de 1812. Assim volta a ser, mais de duzentos anos depois, mas agora com um adversário invisível, o novo coronavírus.
Porque o seguro morreu de velho, como alegam a sabedoria popular e o presidente da câmara de Zahara, logo no dia 14 de março, o autarca decidiu encerrar 4 das 5 entradas da vila, aproveitando o facto de a localidade ser uma fortaleza no alto da zona rural de Andaluzia.
Entretanto, Espanha registou mais de 112.000 casos de Covid-19 e 10.300 mortes, e a vila, desligada do mundo, nem uma infeção, nem um único óbito entre os 1.400 habitantes.
Isto está a acontecer há duas semanas, e acho que é um bom sinal", confessou Santiago Galván, o presidente da câmara, à 'CNN'.
Contudo, o vírus não entra só porque as portas, tal e qual como nos tempos medievais, estão encerradas. Santiago Galván implementou outras medidas radicais, todas com o apoio dos habitantes, especialmente os mais velhos, que representam um quarto da população.
Na única entrada da vila que continua aberta, existe uma barreira de verificação, controlada por um polícia. Depois, os carros aos quais é permitida a entrada são lavados com água e uma espécie de lixívia, por dois homens vestidos com equipamentos de proteção individual. Porém, o controlo dos automóveis não fica por aqui: depois da lavagem, há que mergulhar as rodas numa espécie de piscina, para ter a certeza que se encontram desinfetadas.
Santiago Galván relembra que as medidas podem não ser totalmente eficazes, mas são uma questão de segurança.
Temos de dar tranquilidade aos nossos habitantes. Eles sabem que ninguém desconhecido consegue entrar".
Dentro de portas, também há procedimentos regulares para que o inimigo não vença a batalha: "Todas as segundas e quintas-feiras, por volta das 5 e meia da tarde, um grupo de 10 homens sai à rua para desinfetar a vila, todas as ruas, praças e as fachadas das casas".
Além disso, os mais idosos não foram esquecidos: duas mulheres, diariamente, fazem entregas de compras de supermercado e medicamentos, para reduzir o número de pessoas na rua, especialmente as que estão vulneráveis à doença.
Eles tomaram as medidas certas, no momento certo, e agora estamos a ver os resultados", garante uma das tarefeiras, também à 'CNN'.
Não esquecer, por fim, que a câmara municipal vai pagar os custos com a eletricidade, a água e os impostos dos negócios locais, durante o período em que vigora o estado de emergência. Para o presidente, as medidas são mais do que uma ajuda financeira, são uma forma de preservar Zahara como uma comunidade. Ainda assim, Santiago Galván sabe que não existem mundos perfeitos e que, se o estado de emergência se mantiver ao longo de muitas semanas, a vila irá precisar da ajuda financeira do governo de Madrid.
Quem faz a sementeira na altura devida e cuida dela ao longo do tempo que for necessário. Mais são as probabilidades de se obter uma boa colheita.
ResponderEliminarNossa, essa vila é abençoada!
ResponderEliminarBeijinhos e se cuida, Edu!
Olá, boa tarde:- Ainda existem neste mundo magistrais exemplos. Esse, sem dúvida, um exemplo a seguir e mostrar ao mundo que, com amor e dedicação, pode-se minimizar ou até prevenir males maiores.
ResponderEliminar.
Saudações fraternas.
Muito bem. Um bom exemplo!
ResponderEliminar-
Quero sair deste flagelo...
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Beijo e um excelente fim de semana.
"Vai ficar tudo bem
Estive lá Há 17 anos. Era na altura uma pequena vila não sei se teria sequer mil habitantes. Não sei se nestes 17 anos cresceu muito, mas sei que seria impossível tomar iguais medidas em vilas ou cidades, 50,100 ou até 1000 vezes maior.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Podiam fazer o mesmo em Monssaraz que tem uma estrutura igualzinha a essa. E os carros podiam ficar todos foras das muralhas, o que tornava a coisa mais fácil ainda.
ResponderEliminarDepois de sair daqui vou espreitar o registo de doentes por concelho para ter a certeza que o vírus ainda lá não penetrou.
Um verdadeiro exemplo, sem dúvida!
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