sexta-feira, 8 de maio de 2015

"NA ANHARA"

(Imagem da net)
Fui à procura da sorte!
numa longa caminhada
só encontrei um pote
numa casa assombrada.

Vazio, nem borras tinha,
tinham levado todo o azeite
bem me lembro, hoje, ainda
de lá ter perdido o barrete.

Foi numa noite muito escura,
por causa das nuvens não vi,
 no céu as estrelas nem a lua
só sei dizer, com medo fugi.

Não perdi os sapatos,
porque nos pés os não tinha
na lama caminhavam descalços
no outro dia à noitinha!

Não sei, parecia tonta,
para onde se dirigindo
com aquela pressa tanta
em Angola vi fugindo,
na anhara uma palanca!
(Edumanes)

quinta-feira, 7 de maio de 2015

"REI PINTOR"

Rei Pintor, foi ao baile!
na noite de consoada
embrulhado num xaile
só voltou de madrugada.

 Perdeu as chanatas,
enfiou os pés nas chancas
tropeçou nas alpercatas
fez arranhão as ancas.

Pôs mercúrio no algodão,
sobre o arranhão, colocou 
não magoou o coração
mas, da sena triste ficou.

Foi para a cama dormir,
toda a noite a sonhar
terá ouvido o galo grunhir
no curral, o porco a ladrar?

Só faltava, mais, esta,
para na história mencionar
havia barulho na floresta
antes do dia começar!

Não se sabe, porém,
se o arranhão já sarou
para o que não pintou
continuar, diz que tem!
(Edumanes)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

"ENGOLIDO, POR UMA ONDA GIGANTE"

(Imagem pesquisada na net)
Engolido, por uma onda gigante!
um par de óculos, de sol, caído na areia
para se proteger do calor do sol distante
 na sombra junto à falésia, é perigoso,
 naquela bela praia da Samoqueira
junto à praia grande do Porto Covo,
numa rocha à beira do mar
uma gaivota nela pousou
de uma rosa a desabrochar
o perfume dela o vento o levou,
na Ilha do Pessegueiro, mais a sul
dizem que um pessegueiro plantou
 na ilha, um vizinho de Odemira
tudo isto na Costa Vicentina
onde o céu é mais azul!
(Edumanes)

terça-feira, 5 de maio de 2015

"GERADO NA FLOR"

(Imagem pesquisada na net)
Porque arde sem se ver!
a chama que incendeia a paixão
quando verdadeiras parecem ser
 palavras iluminadas de ilusão.

Das pétalas da flor desnudo,
perfumado de amor e carinho
com esperança vem ao mundo
seguirá com fé o seu caminho.

Nem devagar nem a correr,
se consegue fugir da morte
 gerado na flor do/e com prazer
 todo o fruto nasce em pelote!
(Edumanes)

domingo, 3 de maio de 2015

"BRINCOS DE OURO"

 Naquela noite escurecida!
  brilhavam as estrelas no céu
  para o bailarico, tão bela seguia
  divertida, de pernas ao léu.

O desejo percorria-lhe as veias,
no caminho terá perdido o cabaço
para comprar um par de meias,
de chanatas foi à feira de Castro.

Pendurados nas orelhas,
voltou com brincos de ouro
a moça viu com as ovelhas,
um rapaz, no bebedouro.

Perguntou ela! Quantos são, rapaz?
as ovelhas! Respondeu, para serem vinte
tinham que ser outras tantas como estas
e outras tantas como a metades destas
faz as contas, e quantas são saberás!
(Edumanes)

sexta-feira, 1 de maio de 2015

"GERINGONÇA DO PRAZER!

Esses, se estão deliciando!
com a greve dos pilotos, da TAP, 
nas deliciosas alturas viajando
deitando fogo pelo escape!

Há males que vêm por bem,
para eles está sendo a seu favor
da TAP, o casalinho está refém
mas, não do prazer do amor!

Enquanto essa greve durar,
viajando naquela geringonça
que ao destino irão chegar
não perderam a esperança!

Tinham a viagem marcada,
 o prazer compensa o prejuízo
por causa da greve foi adiada
cujo o destino era o paraíso!

  Saboreando o bom petisco,
 nas nuvens do prazer a delirar
eles continuarão no paraíso
enquanto essa greve durar!
(Edumanes)

quinta-feira, 30 de abril de 2015

"SORRIR À VONTADE"

 Porque tenho, penso!
 tempo para pensar
quando tempo não tenho
vejo o tempo a passar.

Penso mas não vejo,
o que penso a sonhar
correr atrás dum desejo
sem tempo no tempo
não se consegue alcançar.

Penso, porque penso
como devo pensar
todavia, bem entendo
 por que não sei cantar.

Quando penso que sei,
sem paciência esperar
não o vi mas imaginei
vê-lo em algum lugar.

Imagino, mas não sei,
com o destino caminhar
quando e para onde irei
se ele me abandonar.

Pensava que sabia,
mas não sei voar
 parecia que sorria
uma estrela a brilhar!

Penso porque penso,
sem ter de o divulgar
faço-o porque tenho
para o fazer liberdade
não é proibido pensar
nem sorrir à vontade!
(Edumanes)

terça-feira, 28 de abril de 2015

"IRRITANTE"

Irritante discurso de louletano!
nas comemorações de 25 de Abril
 não desta vez de todo gaguejando
a elogiar os seus heróis de servil.
Apelando ao consenso dos outros
como sempre dos mesmos apoiante, 
convencido está no paraíso dos loucos
ser a mais celebre figura prestante! 
Mestre das palavras atabalhoadas,
 barulhentas como o rufar dos tambores
em silêncio o ruído das suas gargalhadas 
incomoda pensionistas e trabalhadores!
(Edumanes)

sábado, 25 de abril de 2015

"FLOR AMARELA"

(Imagem Google)
Vem, daí, comigo Bela!
vamos juntos viajar
a sós num barco à vela
sobre as ondas do mar.

Por mim colhida no jardim,
não a deixa não cair na água
recebe essa flor perfumada
para te lembrares de mim.

Essa, linda, flor amarela,
deixa na tua blusa colocar
com jeito para não magoar
o que está por detrás dela.

 Dos olhares escondidas,
de quem as não deve cobiçar
as imagino, bem, redondinhas
como dois balões cheios de ar!
(Edumanes)

sexta-feira, 24 de abril de 2015

"JUNTO À PORTA DA TABERNA"

Nos tempos de outrora, nas suas deslocações de localidade em localidade, o transporte do ourives, era uma bicicleta a pedais, velocípede s/motor, movido pela energia humana. Junto do selim sobre o guarda-lamas da roda traseira tinha um suporte nele se colocava a mala contendo prata e ouro. Certo dia um ourives vai de Beja para Baleizão, à entrada da dita localidade havia uma taberna. O dito ourives encostou a dita bicicleta à parede, o mais possível junto à porta da mesma, a seguir entrou, na referida taberna, para comer uma bucha e beber um caneco do tinto. Pagou e saiu porta fora, olhou para a bicicleta e viu que não tinha a roda da frente! Perguntou  a uns compadres alentejanos, conversando uns com outros próximo do local...Os senhores viram, por acaso, quem foi que levou a roda da minha bicicleta! Os compadres responderam, nã senhori...Atã vomecê quando deu além a curva já a não trazia!!!